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Termina a romaria do Traslado após cerca de 10 horas • DOL

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Termina a romaria do Traslado após cerca de 10 horas • DOL

Terminou por volta das 18h09 desta sexta-feira (11, a mais longa das romarias do Círio: o Traslado para Ananindeua e Marituba. Essa foi a segunda romaria oficial do Círio de Nazaré, mas a primeira procissão com a imagem peregrina de Nazaré vestida com o novo manto, que foi apresentado na noite de quinta-feira (10).

A procissão iniciou por volta das 8h, com saída da Basílida de Nazaré. Antes da romaria, uma missa foi celebrada no local, para iniciar os mais de 52 km de procissão. Veja como foi a celebração:

Após a missa, a imagem de Nossa Senhora foi colocada na berlinda para que a procissão fosse iniciada. A berlinda foi decorada com rosas e dianthus, e de folhagem foram usadas lipidium, com um estilo minimalista para enaltecer mais a imagem de Nossa Senhora de Nazaré. A decoração foi feita por Paulo Morelli.

A partir de então, o Traslado seguiu pelas ruas de Belém, Ananindeua e Marituba, com a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré emocionando fiéis onde passava. Ao longo do trajeto, diversas homenagens e demonstrações de fé. Uma infinidade de romeiros lotaram as ruas para ver a procissão ou mesmo acompanhar a berlinda, seja de bicicleta ou correndo.

Durante a tarde, o grande número de romeiros e o estreitamento das ruas em Ananindeua, em comparação à avenida Almirante Barroso e a rodovia BR-316, a procissão acabou sofrendo um atraso. Porém, o Traslado conseguiu recuperar o ritmo e chegou ao seu ponto final as 18h09, após cerca de 10 horas de procissão. O horário é três minutos mais cedo que a romaria de 2023.

Ao fim da romaria, a imagem peregrina foi levada para a Igreja Matriz de Ananindeua, onde uma missa será celebrada. A imagem ficará no local até a manhã de sábado (12), quando terá início a romaria Rodoviária.

VEJA COMO FOI O TRASLADO

Hospital Ophir Loyola:

📷 |Ronald Sales/DOL

Em frente à instituição, pacientes e servidores receberam a bênção e se emocionaram com a passagem na Imagem Peregrina de Nossa senhora de Nazaré. Os pacientes internados com condições clínicas para participar do evento foram deslocados até as arquibancadas pela Guarda HOL.

Almirante Barroso:

Termina a romaria do Traslado após cerca de 10 horas
📷 |Ronald Sales/DOL

Por volta das 8h30, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré entrou na avenida Almirante Barroso, onde milhares de fiéis acompanham a sua passagem.

Homenagem na RBA:

Anualmente, os fiéis se deslocam até o entorno da sede do Grupo RBA e aguardam com expectativa a passagem da Santa pela arquibancada montada pela emissora, onde a procissão recebe uma tradicional homenagem. Juliana Araújo, de 33 anos, é moradora do bairro do Marco e compartilha que essa tradição é um momento de gratidão: “Todo ano venho a este mesmo local para acompanhar a passagem da Santa pela RBA, sempre agradecendo pela presença dos meus filhos. Enfrentei dificuldades durante minhas duas gestações, e graças a Deus e à Nossa Senhora, eles estão aqui comigo, renovando nossa fé a cada ano.”

Termina a romaria do Traslado após cerca de 10 horas
📷 |Foto: Thayná Coêlho/DOL

Por volta das 9h da manhã, a imagem de Nossa Senhora de Nazaré parou em frente à sede da RBATV, permanecendo por alguns segundos. Este momento tocou profundamente centenas de fiéis, que expressaram suas emoções e olhares de gratidão.

Termina a romaria do Traslado após cerca de 10 horas
📷 |Foto: Brenda Hayashi/DOL

Futebol e fé

Termina a romaria do Traslado após cerca de 10 horas
📷 |(Ronald Sales/DOL)

Na avenida Almirante Barroso, a torcida do clube do Remo comemorou a passagem da imagem peregrina, celebrando ao momento de fé. Já a a diretoria bicolor prestigiou a passagem da santa em frente ao estádio da Curuzu, A imagem peregrina passou por lá por volta das 8h40 da manhã.

Termina a romaria do Traslado após cerca de 10 horas
📷 |Foto: Ronald Sales/DOL

Palácio do Governo:

Termina a romaria do Traslado após cerca de 10 horas
📷 |Foto: Ronald Sales/DOL

O governador Helder Barbalho, acompanhado da primeira dama Daniela Barbalho, de seu primogênito Helder Barbalho Filho e da vice-governadora Hana Ghassan, esteve presente para prestigiar a passagem da imagem de Nossa Senhora de Nazaré em frente ao Palácio do Governo do Pará, localizado na Avenida Almirante Barroso.

Entroncamento:

Termina a romaria do Traslado após cerca de 10 horas
📷 |Foto: Ronald Sales/DOL

A imagem peregrina chegou à BR-316, provocando uma profunda emoção em milhares de fiéis que aguardavam ansiosamente a passagem da Santa em frente ao Shopping Castanheira, em Belém.

Emoção:

Termina a romaria do Traslado após cerca de 10 horas
📷 |(Ronald Sales/DOL)

Por volta das 11h da manhã, a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré atraiu milhares de fiéis que aguardavam pela sua passagem em frente a uma instituição de ensino superior, localizada na BR-316.

Benção:

Termina a romaria do Traslado após cerca de 10 horas
📷 |(Ronald Sales/DOL)

A imagem peregrina adentrou uma instituição de ensino superior situada na BR-316, onde permaneceu por alguns minutos, abençoando os fiéis que a aguardavam durante sua passagem.

Ananindeua:

Após uma pequena pausa, a romaria voltou a percorrer as ruas de Ananindeua, emocionando os fiéis que aguaradam a passagem da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré. Por volta das 13h20 a berlinda chegou na Praça da Bíblia, um ponto de concentração dos devotos.

Centenas de fiéis seguem a procissão pelas ruas de Ananindeua.
📷 Centenas de fiéis seguem a procissão pelas ruas de Ananindeua. |Ronald Sales/DOL

Em seguida, a romaria continuou pelas ruas do município, recebendo as homenagens dos moradores. Por volta das 15h10, a imagem cruzava a Estrada do Icuí-Guajará.

Atraso

Por volta das 15h30, a Polícia Rodiviária Federal (PRF) informou que a procissão somava cerca de 40 minutos de atraso. Segundo a PRF, mesmo considenrando que o trajeto da romaria aumentou em 2,7 km em 2024, o principal motivo da demora foi crescimento no número de fiéis participando da procissão, principalmente nas áreas da Cidade Nova e Icuí, o que dificultou a logística para abrir espaço para a berlinda.

Mesmo com o atraso, centenas de devotos acompanham a procissão.
📷 Mesmo com o atraso, centenas de devotos acompanham a procissão. |Ronald Sales/DOL

Mesmo com o atraso, a PRF informou que a procissão ganhou velocidade em outros trechos, o que compensou no tempo de romaria.

A Romaria conseguiu compensar o tempo quando retornou para a BR-316.
📷 A Romaria conseguiu compensar o tempo quando retornou para a BR-316. |Ronald Sales/DOL

A diretoria da festa chegou a cogitar que a procissão terminasse por volta das 18h30, cerca de 25 minutos a mais que o Traslado de 2023, mas enquanto a berlinda seguia para Marituba a estimativa retornou para o horário inicial, de 18h.

Fé e devoção lotaram as ruas da Região Metropolitana de Belém.
📷 Fé e devoção lotaram as ruas da Região Metropolitana de Belém. |Ronald Sales/DOL

Por todo o caminho, milhares de devotos se emocionaram ao ver a passagem da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré.

Marituba:

Se aproximando da reta final da romaria, a Berlindo chegou em Marituba pouco antes das 15h30. O trecho é delicado, devido ao estreitamento da via e grande fluxo de pessoas, ciclistas e outros veículos. Um ciclista chegou a ser atropelado por um ônibus durante o percurso. Não há informações sobre vítima nesse acidente.

Termina a romaria do Traslado após cerca de 10 horas
📷 |Ronald Sales/DOL

Deste ponto, o Traslado seguiu para seu ponto final, na Igreja Matriz de Ananindeua. Antes do fim da procissão, um susto ainda pegou os fiéis, com um incêndio em um terreno em Marituba, no trajeto da romaria. O incidente teria sido causado por fogos de artifício. O fogo foi controlado sem deixar vítimas.

TRAJETO

O Traslado irá passar pela avenida Nazaré, avenida Magalhães Barata, avenida Almirante Barroso, BR-316, Rua São Benedito, passagem Jarbas Passarinho, rodovia Transcoqueiro, rodovia Mário Covas, avenida 3 Corações, travessas WE 31 e WE 16, rua da Providência, avenida D. Vicente Zico, travessa WE 54, avenida Milton Taveira, travessas WE 68, SN 21, WE 72, 73 e 75, SN 24, avenida Arterial 5-A, Estrada do Icuí-Guajará, rua Santa Fé, avenida professor Amintas Pinheiro, estrada do Guajará, avenida Independência, avenida Arterial 5-A, avenida Rio Solimões, estrada do Curuçambá, estrada do Maguari, avenida Cláudio Sanders, retornando para a BR-316, seguindo até a Igreja Matriz de Ananideua.

Após a celebração de nova missa, a imagem ficará guardada no local até a manhã de sábado (12), quando será iniciada a romaria Rodoviária.

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Banco Central Europeu corta taxas de juros após inflação cair abaixo de 2% | Banco Central Europeu

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Banco Central Europeu corta taxas de juros após inflação cair abaixo de 2% | Banco Central Europeu

Phillip Inman

O Banco Central Europeu reduziu a sua taxa de juro global em um quarto de ponto, para 3,25%, depois de a inflação na zona euro ter caído abaixo do seu objectivo de 2%.

Os legisladores do BCE estavam sob pressão para reduzir a taxa de depósito depois que os números da inflação divulgados na quinta-feira mostraram que o crescimento anual dos preços no bloco de moeda única havia diminuído em setembro para 1,7%, abaixo dos 2,2% do mês anterior.

O corte é o terceiro do ano do BCE, colocando-o dois à frente do Banco de Inglaterra, que deverá reduzir o custo dos empréstimos no Reino Unido em 0,25 pontos percentuais em relação ao nível atual de 5% quando o comité de política monetária do Banco se reunir novamente no próximo mês.

Nos EUA, a Reserva Federal indicou que pretende também reduzir as taxas nos próximos meses, embora tenha havido indícios de que poderá omitir um corte na reunião do próximo mês.

O ouro atingiu um recorde de alta pouco antes do anúncio, atingindo US$ 2.688,82 (£ 2.065,26) por onça pela primeira vez, impulsionado pelas previsões de cortes nas taxas de juros em todo o mundo e pela incerteza antes das eleições do próximo mês nos EUA.

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Como está o governo do Líbano, sem dinheiro, a responder à guerra? | Notícias explicativas

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Como está o governo do Líbano, sem dinheiro, a responder à guerra? | Notícias explicativas

A guerra de Israel contra o Líbano lançou um país que já sofre de crises agravadas – económicas, bancárias, políticas – num vazio ainda mais profundo.

Um dia depois do início da guerra em Gaza em 7 de outubro de 2023Israel e o grupo Hezbollah do Líbano começaram a trocar ataques através da fronteira, o que deslocou dezenas de milhares de pessoas de ambos os lados.

Em 23 de setembro, Israel intensificou seus ataques ao Líbano e alguns dias depois lançou um invasão terrestreelevando o número de pessoas deslocadas no Líbano para mais de 1,2 milhões e matando mais de 2.300.

Os serviços governamentais para os deslocados e feridos têm sido insuficientes, à medida que o governo provisório se esforça para satisfazer a necessidade.

Aqui está uma olhada na situação no Líbano hoje enquanto seu governo luta:

O que há de errado com o Líbano e o seu governo?

Em Outubro de 2019, a economia entrou em colapso e os bancos fecharam, isolando os depositantes das suas poupanças e dando início a uma crise econômica.

No ano seguinte, a pandemia da COVID-19 atingiu ainda mais a economia, e um dos as explosões não nucleares mais fortes já registradas devastou o porto de Beirute e os bairros vizinhos.

A lira libanesa perdeu mais de 98% do seu valor em meio a taxas de inflação de três dígitos.

Para agravar a crise, o governo interino do Líbano está em grande parte paralisado por disputas políticas e pela corrupção desenfreada.

O Líbano também acolhe mais refugiados per capita do que qualquer outro país, promovendo a tensão económica.

Milhares de libaneses estão lutando para colocar comida na mesa enquanto a pior crise econômica do país em décadas se acelerou nas últimas semanas (Arquivo: Joseph Eid/AFP)

O que está acontecendo com o povo libanês?

A pobreza no Líbano triplicou entre 2012 e 2022.

A crise financeira eliminou a maior parte da classe média e empurrou quase metade da população libanesa para a pobreza, segundo o Banco Mundial.

As questões decorrem da obstinação e do fracasso das classes dominantes em reformar, apesar da pressão internacional, segundo analistas.

O povo libanês levantou-se em 2019 contra o governo e as elites que controlam o país e os seus recursos. Os protestos em todo o país foram prejudicados pela COVID-19 e pela explosão no porto.

Apesar da corrupção desenfreada e da recusa da classe política em aprovar reformas significativas que levariam à responsabilização e a mais transparência, estados estrangeiros continuam a dar aos líderes do Líbano ajuda.

Como é que a guerra de Israel está a piorar as coisas no Líbano?

O bombardeio e a invasão terrestre de Israel prolongaram o deslocamento de residentes no sul, no leste e nos subúrbios ao sul de Beirute.

O bombardeamento do Sul do Líbano – o coração agrícola do Líbano – também destruiu uma fonte de receitas para muitos residentes deslocados.

“Agora é a época da colheita das azeitonas”, disse Laila Al Amine, que dirige o escritório de Beirute da organização humanitária internacional Mercy Corps. “Aqueles que perderam a colheita do ano passado também perderão outra este ano.”

Uma família deslocada que foge dos ataques aéreos israelenses no sul, sentada em uma calçada na corniche de Beirute, Líbano, segunda-feira, 14 de outubro
Uma família deslocada que foge dos ataques aéreos israelenses no sul agora vive em uma calçada na Corniche de Beirute (Bilal Hussein/AP Photo)

Como é que as pessoas deslocadas estão a gerir?

Cerca de 1,2 milhão de pessoas foram deslocadas, segundo o governo libanês.

As pessoas dormem em escolas que foram transformadas em abrigos, enquanto outras se refugiaram nas ruas ou à beira-mar.

Os preços dos aluguéis aumentaram substancialmente em áreas mais seguras, enquanto partes do sul, o Vale do Bekaa, no leste, e os subúrbios ao sul de Beirute, foram dizimados.

Na segunda-feira, Israel também realizou um ataque no norte do Líbano, atingindo uma família deslocada em Aitou, perto de Zgharta, e matando pelo menos 23 pessoas.

O seu alvo não era claro, mas o ataque causou medo em muitas pessoas que acolheram pessoas deslocadas.

Na semana passada, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, deu ao povo libanês um ultimato para desafiar o Hezbollah ou aceitar que o Líbano se tornasse outra Gaza.

Alguns analistas disseram que isto era semelhante a Netanyahu exigir que os libaneses iniciassem uma guerra civil.

Os ataques e comentários constituem o que os analistas dizem ser a estratégia de Netanyahu para semear o medo e fazer com que os libaneses se voltem uns contra os outros.

Como o governo libanês respondeu?

O governo interino do primeiro-ministro Najib Mikati tem um impacto limitado em tempos normais e, portanto, terá dificuldades para ser eficaz numa crise deste tipo.

Quanto mais a guerra durar, menos a administração, já cambaleante, será capaz de exercer influência.

O governo ativou um plano de emergência nacional para uma resposta humanitária conjunta com organizações e parceiros das Nações Unidas.

No entanto, o governo ofereceu à cidade de Sidon, no sul, apenas 50 mil dólares para satisfazer necessidades que as autoridades locais estimaram em 1 milhão de dólares por mês, de acordo com a Action for Humanity, uma ONG internacional que fornece ajuda no Líbano. E isso foi antes da intensificação de Israel.

“Bombas estão caindo ao nosso redor. As vidas das pessoas estão sendo destruídas”, disse Faraz Yousafzai, da Action for Humanity, à Al Jazeera.

“Isso nem sequer começa a atender às necessidades crescentes.”

O Ministério da Educação transformou as escolas em abrigos temporários para muitos dos deslocados, mas ainda há milhares de pessoas que lutam para encontrar abrigo.

O governo tem participado em conversações com a comunidade internacional na tentativa de alcançar um cessar-fogo.

O ministro das Relações Exteriores do Líbano disse à CNN que o falecido líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, concordou com um cessar-fogo temporário pouco antes de Israel o assassinar com bombas destruidoras de bunkers de meia tonelada.



Leia Mais: Aljazeera

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“Somos contra esta guerra para a qual o Hezbollah nos arrastou”

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“Somos contra esta guerra para a qual o Hezbollah nos arrastou”

Ao pé da velha alfarrobeira, na praça da igreja de São José, em Kfarwa, Ibrahim Bechara fuma narguilé com dois amigos. Fouad Younès, um sírio deslocado, fala com eles. O som dos bombardeamentos israelitas que caíram esta quarta-feira, 16 de Outubro, sobre Nabatiyé, doze quilómetros mais a sul, desperta, a intervalos regulares, a aldeia cristã libanesa do seu torpor.

“Eu sou um homem teimoso”diz o velho dono da mercearia, em tom de brincadeira, antes de saltar da cadeira para dar as boas-vindas a um cliente que entra nas suas instalações com prateleiras escassamente abastecidas. Na segunda-feira, 14 de outubro, Kfarwa recebeu uma ordem de evacuação do exército israelense. A aldeia, localizada às margens do rio Zahrani, entre Saïda e Nabatiyé, fica, no entanto, a mais de 40 quilómetros, em linha recta, da linha de demarcação entre Israel e o Líbano.

As casas de pedra, floridas com buganvílias fúcsia e cercadas por romãzeiras e goiabeiras, foram deixadas à proteção dos santos, cujos ícones guardam as soleiras das portas. Os 300 habitantes que vivem em Kfarwa durante todo o ano foram para Beirute e para o Monte Líbano. A maioria são agricultores que já não têm acesso aos seus campos de oliveiras ou funcionários públicos que já não podem trabalhar em Nabatiyé, devastada pelos bombardeamentos.

Ibrahim, um professor aposentado, cuida de uma mercearia na aldeia cristã de Kfarwa, sul do Líbano, em 16 de outubro de 2024.

Cerca de trinta homens, determinados a ficar, improvisaram vigias para dissuadir ladrões e combatentes do Hezbollah que seriam tentados a invadir a aldeia para lançar foguetes contra Israel. “Não temos medo de sermos bombardeados porque não há alvos militares na aldeia. Estamos protegidos por São José. Somos contra esta guerra para a qual o Hezbollah nos arrastou, mas não podemos fazer nada, é um Estado dentro de um Estado que recebe ordens do Irão”.diz um homem de cinquenta anos em torno do qual se organizam os jovens da aldeia.

“Os israelenses sabem tudo sobre nós”

Alguns usam camisetas pretas e calças militares. Nesta aldeia onde a maioria apoia as Forças Libanesas, um partido de direita cristã, todos têm um avô ou pai que lutou durante a guerra civil (1975-1990) dentro das Falanges Cristãs. Alguns foram mortos por fedayeen palestinos. “Não somos uma força policial ou um exército. Não há necessidade de criar milícias, o exército libanês nos protege. Monitoramos as idas e vindas nas estradas que levam à aldeia. No início da guerra, eles entraram porque precisavam usar a estrada para acessar suas posições”, continua o homem de cinquenta anos.

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