O MME (Ministério de Minas e Energia) estabeleceu o protocolo de testes que vai definir se a gasolina vendida no Brasil poderá ter 30% de etanol anidro em sua composição, passando a se chamar E30. Hoje, o teor é de 27%.
As medições de consumo, desempenho e durabilidade serão feitas pelo IMT (Instituto Mauá de Tecnologia), que é parceiro da Folha nos testes de automóveis comercializados no Brasil.
O instituto vai verificar a viabilidade técnica da mistura por meio de avaliações envolvendo carros e motos movidos apenas a gasolina.
Haverá tanto modelos mais novos como veículos dos anos 1990, que atendem a diferentes fases do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores) e o Promot (Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares)
“A avaliação contemplará ensaios de pista, testes de partida a frio, medições de emissões, aquisição de veículos e análise complementar de dados via sistema OBD [sigla em inglês para diagnóstico de bordo]”, diz o comunicado enviado pelo MME.
“O aumento da mistura de etanol anidro à gasolina para 30% busca ampliar os benefícios ambientais e econômicos, como a redução das emissões de gases de efeito estufa e a diminuição da dependência de importações de gasolina.”
Há, contudo, a preocupação com o funcionamento de carros mais antigos. Por exemplo, um automóvel produzido em 2002 foi adequado para o E25 disponível na época —a sigla significa que havia 25% de etanol anidro na gasolina comercializada nos postos.
Hoje, esse teor é encontrado no combustível premium, como a gasolina Podium, da rede de postos Petrobrás, e as opções Shell V-Power Racing e Ipiranga Ipimax Pro.
Além das questões técnicas, os testes com o E30 irão verificar se haverá mudança significativa nas médias de consumo dos carros.
As avaliações ocorrerão em ritmo acelerado. De acordo com o calendário divulgado pelo Ministério de Minas e Energia.
“Os testes serão conduzidos pelo Instituto Mauá de Tecnologia entre janeiro e fevereiro de 2025, conforme o cronograma estabelecido”, diz o comunicado enviado pelo MME. “O relatório final com os resultados será entregue até o fim de fevereiro.”
Caso seja comprovada a viabilidade do E30, caberá ao CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) a aprovação da mudança.
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