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EDUCAÇÃO

TRE-AC fará atendimento no Projeto Cidadão 2019

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Primeira edição do evento ocorrerá na próxima sexta-feira, na Escola Lourival Pinho.

O Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC) será colaborador nas ações sociais do Projeto Cidadão 2019, promovido pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJAC). Nesta sexta-feira, 17, a Escola Lourival Pinho, localizada no Segundo Distrito de Rio Branco, receberá a Caravana da Cidadania, formada por mais de vinte instituições, entre elas o TRE-AC.

A proposta é que a Central de Atendimento ao Eleitor realize, de 8h às 17h, um atendimento itinerante com os seguintes serviços eleitorais: alistamento, transferência, 2ª via e revisão de título. Além disso, de 11h às 12horas, as servidoras do TRE-AC, Deborah Karen e Antônia Geanne da Escola Judiciária Eleitoral do TRE-AC palestrarão sobre cidadania e educação política aos alunos da escola.

As demais ações do Projeto serão realizadas nos dias 14 e 15 de junho no bairro Cidade do Povo, e no dia 12 de julho no bairro Calafate. A ação, cuja finalidade do evento é democratizar os serviços públicos e fortalecer o exercício da cidadania, ocorre há 24 anos.

O Projeto Cidadão é voltado à população mais necessitada, disponibilizando o direito à documentação básica, como também o acesso rápido e gratuito aos serviços públicos fundamentais, como saúde, trabalho, educação e área jurídica.

EDUCAÇÃO

O QUE SIGNIFICA COLECIONAR EXPERIÊNCIAS?

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Francisco Neto Pereira Pinto

Não queremos apenas a vida vivida, queremos experiências!

Hoje é bastante comum em postagens nas redes sociais, como por exemplo no Instagram, encontrarmos a expressão colecionando experiências, geralmente empregada como legenda para um álbum fotográfico em que cenas tidas como marcantes para aquela pessoa são registradas. A ideia é sublinhar que os momentos vividos se destacam do comum do dia a dia – foram especiais, dignos de um capítulo especial na história do autor da postagem. Mas, o que significa viver uma experiência?



A diferença entre o vivido do dia a dia e uma experiência pode ser visualizada por meio de uma estória muito interessante chamada Uma ideia toda azul, de Marina Colasanti. Esse conto narra a história de um rei que teve uma ideia maravilhosa e completamente azul, algo tão magnífico que poderia transformar o reino. No entanto, o rei estava constantemente ocupado com os afazeres do reino e, por isso, nunca encontrava tempo para se dedicar a essa ideia especial. Ele se ocupava com reuniões, conselhos e tarefas administrativas, sempre adiando o momento de explorar sua ideia azul. Com o passar do tempo, a ideia permaneceu intocada e não realizou seu potencial transformador.

O rei não sentia real prazer com essas tarefas – eram apenas afazeres, nada realmente significativo que outra pessoa não pudesse fazer. No nosso dia a dia qualquer vivência pode se transformar em uma experiência, basta que ela tenha potência suficiente para nos fazer querer falar dela, se ocupar com um real interesse. Para o filósofo Walter Benjamim, a experiência está ligada à ação de transmitir algo a alguém por meio de uma narrativa. Isso acontece, por exemplo, quando um pai deseja transmitir alguma sabedoria a seu filho, contando-lhe uma estória, que pode ser sua ou de seus ancestrais.

Um ponto muito importante para que a experiência ocorra é a disponibilidade de tempo. A experiência não é tarefeira. Como se observa no conto, o rei estava empanturrado de tarefas, e não tinha tempo para dar atenção à sua ideia toda azul. Nesse sentido, a psicanalista Maria Rita Kehl diz que uma vida veloz, em que a gente passa de uma tarefa a outra, sem tempo para digerir o que nos acontece, tem sido o terreno fértil para a depressão. O viver fica mecânico e, assim como rei, a gente não tem tempo de dar atenção ao que nos acontece, e vamos vivendo sem vontade e tempo de contar. Talvez, em um álbum do Instagram, a única coisa que fica sejam mesmo as fotos, porque não tivemos tempo para apreciar o local, de interagir com as pessoas – não tivemos tempo para transformar aquelas vivências em experiências. O registro fica nas redes sociais, mas não na memória, no afeto, no corpo.

Quando a grande estória da nossa vida acabar, será que teremos, de fato, pequenos episódios – experiências de vida, que terão valido a pena viver e contar, ou seja, teremos mesmo colecionado experiências?

Francisco Neto Pereira Pinto

Francisco Neto Pereira Pinto

Dr. Francisco Neto Pereira Pinto é Professor Universitário, Psicanalista e Escritor. Autor dos livros À beira do Araguaia; Saudades do meu gato Dom, O Gato Dom e Você vai ganhar um irmãozinho, todos disponíveis na Amazon. @francisconetopereirapinto

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AMAZÔNIA

LIVRO E CULTURA: Vidas em fluxo à beira do rio Araguaia

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Foto de capa [arquivo pessoal]

Livro de Francisco Neto Pereira Pinto apresenta as mudanças do meio ambiente e os aspectos intrínsecos da humanidade a partir da história de uma família ribeirinha.

À beira do Araguaia, a vida transcorre no mesmo ritmo da corrente. Ali, as águas são companheiras de uma família ribeirinha que atravessou casamentos, nascimentos e mortes ao lado de um dos maiores rios do país. Unidos por laços sanguíneos e um lar, pai, mãe, filho, filha e até os gatos se tornam os protagonistas da obra publicada por Francisco Neto Pereira Pinto, que convida os leitores a olharem para seus mundos internos a partir de experiências típicas da floresta amazônica.



Os 14 contos desta coletânea podem ser lidos de forma independente, mas juntos formam um mosaico da cultura daqueles que fazem da pesca artesanal, da pequena produção rural e do empreendedorismo familiar seus principais meios de sustento. Com uma linguagem poética, regionalista e experimental, os textos evocam uma memória ancestral sobre as tradições do Norte brasileiro.

A casa de Ana e Pedro no alto da ribanceira parecia ter sido feita para uma conquista como somente aquela cheia poderia impor. Uma noite espessa, pesada, úmida, escura e esvoaçante e a casa lá, com um candeeiro de chama nervosa e intensa, alimentada por azeite de mamona e pavio de algodão. (À beira do Araguaia, p. 43)

Sob o olhar ribeirinho, o autor atravessa questões essenciais do contexto social, ambiental e político do país. Entre as páginas, retrata a partida dolorosa de um pai que decide trabalhar com o garimpo em busca de melhores condições econômicas; as consequências da pesca predatória; os efeitos da destruição da natureza no cotidiano; e a história da Guerra do Araguaia. Temas como diferenças de gênero, racismo, saúde mental e luto também são abordados com um rigor estético que perpassa desde a escrita até as pinturas em acrílico de John Oliveira.

Com apresentação de Neide Luzia de Rezende, professora da Universidade de São Paulo, o livro reúne contos que se desdobram de forma similar a um romance. Sem uma linha cronológica definida, as histórias retratam as vidas de Ana e Pedro, que aparecem como protagonistas ou secundários em diferentes momentos; dos filhos Eve e Téo, com conflitos específicos entrelaçados a gênero e educação na contemporaneidade; além dos gatos Calíope e Dom, presentes para representar a força das relações entre humanos e animais.

Sobre o lançamento, que aconteceu no dia 3 e dezembro de 2024, no auditório da Reitoria, na Universidade Federal do Norte do Tocantins, em Araguaína, Francisco Neto Pereira Pinto comenta: “o projeto foi uma maneira de revisitar minhas memórias de menino, porque vivi até os 15 anos em uma vila à beira do Araguaia. Cresci ali, mas hoje vejo o rio secando, o meio ambiente sendo degradado e como isso afeta os ribeirinhos. Meu livro chama atenção para essa realidade. Tenho um desejo muito forte de preservar uma cultura que parece estar desaparecendo”.

FICHA TÉCNICA

Título: À beira do Araguaia
Autor: Francisco Neto Pereira Pinto

Editora: Mercado de Letras
ISBN: 978-6586089769
Páginas: 88
Preço: R$ 41
Onde comprar: Amazon

Booktrailer no Youtube

Sobre o autor: Francisco Neto Pereira Pinto é professor, escritor e psicanalista. Doutor em Ensino de Língua e Literatura e graduado em Letras – Português / Inglês, leciona no programa de pós-graduação em Linguística e Literatura da Universidade Federal do Norte do Tocantins e nos cursos de Medicina e Direito do Centro Universitário Presidente Antônio Carlos. Membro da Academia de Letras de Araguaína – Acalanto, publicou os livros: “Sobre a vida e outras coisas”, “O gato Dom”, “Você vai ganhar um irmãozinho”, “Saudades do meu gato Dom” e À beira do Araguaia.

 Redes sociais do autor:

Instagram: @francisconetopereirapinto

LinkedIn: Francisco Neto Pereira Pinto

Youtube: @francisconetopereirapinto

Site do autor: https://francisconetopereirapinto.online/

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ACRE

Educação de Tarauacá ganha impulso com Avalia Acre

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Investimento em educação cai para 4,2% do PIB na América Latina
Foto de capa [internet]

As escolas de Tarauacá participaram do recém-implementado Avalia Acre, programa de avaliação externa do desempenho escolar. A abrange iniciativa de estudantes do 2º e 5º anos do ensino fundamental, com foco em Língua Portuguesa e Matemática. Essa estratégia visa monitorar os níveis de proficiência dos alunos e fornecer indicadores para o Índice de Qualidade da Educação Municipal (IQEM), cruciais para determinar a alocação de recursos do ICMS Educação.

A aplicação das avaliações permitirá identificar lacunas no aprendizado e ajustar as políticas públicas educacionais com base em dados concretos. A Avalia Acre também incentiva a gestão participativa das escolas, envolvendo professores, gestores e a comunidade na busca pela melhoria contínua. Em Tarauacá, onde a educação enfrenta desafios históricos, o programa representa uma oportunidade significativa para alavancar os índices educacionais.



Além de apoiar o planejamento educacional, o programa visa promover uma escola de qualidade socialmente justa e inclusiva. Ao fortalecer a infraestrutura educacional e capacitar professores, o Avalia Acre contribuirá para o desenvolvimento integral das crianças em Tarauacá, abrindo caminhos para um futuro promissor.

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