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Tropas da Coreia do Norte na Ucrânia: tudo o que p…
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Como um ditador completo e absoluto em seu reinado vermelho na Coreia do Norte, Kim Jong-un não deve satisfações a ninguém: pode mandar militares para a Ucrânia, entrar num conflito no qual o país não tem nenhum interesse em jogo, sofrer um número de baixas que ninguém realmente ficará sabendo e até absorver inevitáveis deserções. Desafiar os mais elementares princípios do direito internacional? Não está nem aí.
Mas o quadro geopolítico ganha um fator que complica tudo – inclusive por mostrar como Vladimir Putin está se sentindo vencedor, no campo militar e diplomático, com o incentivo dos amigões do Brics, dispostos aos maiores contorcionismos morais para lhe dar asas.
O apelo a tropas sobre as quais na verdade não tem controle não seria um sinal de que a Rússia está precisando de reforço, com recursos esgotados?
Sim e não. As perdas sofridas são realmente imensas: 600 mil mortos e feridos desde a invasão da Ucrânia. Mas não há indícios de que a opinião pública russa esteja virando contra a guerra. Militarmente, a Rússia não só mantém como avança, mesmo que em ritmo muito reduzido, sobre os ucranianos. Também está sendo reconquistado o território na região de Kursk, um pedaço pequeno mas altamente simbólico de solo russo que a Ucrânia ousadamente tomou.
Em resumo, a tática do “moedor de carne”, avanços alcançados a um preço terrível em baixas, aproveitando a vantagem numérica da Rússia em tropas e material bélico, está funcionando. Trazer mais gente, mesmo que, absurdamente, de um país asiático sem nada a ver com o conflito, ajuda a colocar mais carne no moedor. Também ajuda nos objetivos diplomáticos de longo alcance da Rússia: criar uma frente contra o Ocidente – ou seja, Estados Unidos e países europeus.
“MELHOR AMIGO”
Trazer para seu campo uma figura bizarra e fora do padrão normal de todos os outros países do mundo, inclusive os anormais, como Kim Jong-un, o terceiro ditador da dinastia familiar comunista, também ajudar Putin a criar um clima de intimidação contra seus adversários. Um maluco com armas nucleares do seu lado é, por essa medida, um trunfo.
Putin ficará devendo um favor a Kim? Sem dúvida. Está ligando para as múltiplas consequências desse comprometimento? Não parece. Dobrar a Ucrânia, e infligir uma derrota grande aos aliados ocidentais, vale o risco.
Para Kim, obviamente, tudo parece vantajoso: seu “melhor amigo”, como já disse, quebra o isolamento em que ele vivia, num sistema em que até a China fingia que não comungava com os maiores exageros do pequeno ditador. O fingimento se tornou desnecessário.
“Estamos numa era inteiramente diferente se soldados norte-coreanos estão morrendo por Putin”, definiu para o New York Times o especialista Victor Cha, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais. Cha acredita que a conta vai ficar cara para Putin quando Kim pedir o pagamento pelo favor.
POPULAÇÃO ESCRAVIZADA
Mas o fato é que agora já há em território europeu soldados norte-coreanos – supostamente de forças especiais, mais doutrinados ainda para impedir deserções em massa. Segundo o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, os sistemas americanos de vigilância já detectaram a presença de 2,5 mil deles. A Ucrânia fala em 12 mil. Estão sendo transportados em navios russos.
A Coreia do Norte é um objeto de espanto permanente pelo regime completamente fechado que consegue manter, propagando para uma população escravizada que é o melhor país do mundo enquanto a ampla maioria das pessoas nem sequer consegue alimentação nos valores mínimos.
Gastar os recursos nacionais em armas nucleares e ampla militarização compensa do ponto de vista de Kim Jong-un: o inimigo sul-coreano, mesmo sob o guarda-chuva americano, não arrisca nada que coloque a ditadura familiar em risco.
Por isso ele se animou a dar um passo sem precedentes e se envolver numa guerra em território europeu, num país que recebe armamentos dos Estados Unidos e outros aliados da Otan.
PRISIONEIROS “CONTAMINADOS”
“A Rússia certamente está fornecendo tecnologia nuclear à Coreia do Norte, o que representa uma séria ameaça à estabilidade do Extremo Oriente”, escreveu no Telegraph o analista militar Hamish de Bretton-Gordon. “A Rússia provavelmente também está ajudando o Irã com tecnologia nuclear em troca de mísseis”.
Putin, afirmou ele, aposta que os líderes ocidentais “são fracos e incapazes de tomar decisões ousadas – e, infelizmente, talvez esteja certo”.
É com a turma de Putin, Kim, os turbantes iranianos e outros aliados do mal que os partidários do Sul Global, como movimento para contestar a preponderância dos Estados Unidos, estão juntando forças.
Para os pobres norte-coreanos, nem se sabe qual seu futuro. Depois que a II Guerra Mundial acabou, Stalin mandou para a Sibéria os soldados soviéticos que tinham sobrevivido como prisioneiros de guerra da Alemanha nazista – considerava-os “contaminados” pelos simples fato de terem convivido com estrangeiros.
Poderão os norte-coreanos retornar a seu país, se sobreviverem ao moedor humano e não desertarem, como todos eles no fundo pensam fazer?
Ou Kim Jong-un pode se injuriar se suas tropas sofrerem muitas baixas e planejar alguma resposta maligna?
A situação na Ucrânia ganha assim um complicador de teor altamente explosivo. O que será que o Sul Global tem a dizer a respeito?
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Qual é o novo desafio para as evidências usadas para condenar Lucy Letby? | Lucy Letby
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4 de fevereiro de 2025 Josh Halliday
As evidências usadas para condenar Lucy Letby Será desafiado na terça -feira por um painel de especialistas convocado pelo Dr. Shoo Lee, um professor canadense de pediatria, cuja própria pesquisa fazia parte do processo de acusação.
Letby, 35, está cumprindo 15 penas de prisão de vida inteira depois de ser condenado por assassinar sete bebês e tentando matar outros sete no Hospital Countess of Chester, no noroeste da Inglaterra, no ano até junho de 2016.
A ex -enfermeira neonatal falhou em duas tentativas de desafiar suas condenações no Tribunal de Apelação em Londres. Sua nova equipe jurídica agora está preparando um novo desafio à Comissão de Revisão de Casos Criminais (CCRC), o órgão independente que investiga possíveis abortos de justiça.
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Trump para nos retirar do Conselho de Direitos da ONU, estender a proibição de fundos da UNRWA: Relatório | Donald Trump News
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4 de fevereiro de 2025Espera -se que o presidente dos EUA assine as ordens cortando laços e fundos para as agências da ONU, enquanto Netanyahu visita a Casa Branca.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está planejando cortar o envolvimento dos EUA com o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas e estender uma proibição de financiamento à agência da ONU de refugiados palestinos, UNRWA, disse um funcionário da Casa Branca sem nome.
A mídia dos EUA, incluindo Politico e NPR, informou na segunda -feira que Trump deveria assinar uma ordem executiva se retirando dos dois órgãos da ONU na terça -feira, no mesmo dia em que a Casa Branca está espera -se hospedar O primeiro -ministro israelense Benjamin Netanyahu, um crítico de longa data da ONU, e UNRWA em particular.
Desde que assumiu o cargo para um segundo mandato em 20 de janeiro, Trump já retirou os EUA a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Acordo climático de Parisda qual ele também se retirou durante seu primeiro mandato – uma medida que mais tarde foi revertida pelo governo Biden.
A retirada de Trump dos EUA do Conselho de Direitos Humanos da ONU também não seria a primeira vez para Trump, que retirou do conselho em seu primeiro mandato.
Quando o governo Trump deixou o Conselho de Direitos Humanos em 2018, o então enviado de Trump, Nikki Haley, alegou que a medida era devida a “viés crônico” contra Israel do corpo, composto por 47 estados membros da ONU que são eleitos para quatro- mandatos de ano.
O Conselho realiza revisões periódicas dos registros de direitos humanos dos Estados membros da ONU, incluindo os EUA, que devem passar por sua próxima revisão em agosto.
Durante a última revisão do conselho dos EUA em 2020, os países ofereceram recomendações sobre como Washington poderia melhorar seu registro de direitos humanos, inclusive combatendo o racismo e o fechamento da prisão da Baía de Guantánamo. O Conselho também é responsável por nomear especialistas em direitos humanos para servir como relators especiais independentes da ONU.
Vários relatores especiais da ONU acusaram Israel de cometer genocídio em Gaza, incluindo, principalmente, o relator especial no território palestino ocupado, Francesca Albanese.
Como membro eleito do Conselho, mais recentemente de 2022-2024, os EUA também aproveitaram sua posição para criticar o registro de direitos humanos de outros países.
O pedido da UNRWA ocorre quando Netanyahu visita a Casa Branca
O plano de Trump de assinar outra ordem executiva visando especificamente o UNRWA em apuros coincide com a visita de Netanyahu à Casa Branca.
De acordo com um UNRWA Relatório da situaçãoAs forças israelenses mataram 272 funcionários da UNRWA durante o ataque de 15 meses de Israel na faixa de Gaza e atacaram repetidamente edifícios da UNRWA, incluindo escolas onde milhares de palestinos estavam buscando abrigo.
Em outubro, o parlamento de Israel, o Knesset, aprovou duas contas proibindo operações da UNRWA Dentro das fronteiras de Israel, incluindo Jerusalém Ocidental, que entrou em vigor na semana passada. Fundada pela Assembléia Geral da ONU em 1949, a UNRWA fornece serviços de ajuda, saúde e educação a milhões de palestinos em Gaza, a Cisjordânia ocupada, ocupada por Jerusalém Oriental, Síria, Líbano e Jordânia.
Os EUA foram o maior doador da UNWA, fornecendo US $ 300 milhões a US $ 400mA, mas Biden fez um financiamento em janeiro de 2024, depois que Israel fez acusações infundadas sobre uma dúzia de funcionários da UNRWA participando do mortal de 7 de outubro de 2023, ataque a Israel pelo Hamas.
Embora um relatório independente tenha constatado que as autoridades israelenses não forneceu evidências Por suas reivindicações à ONU, o Congresso dos EUA decidiu suspender formalmente contribuições para a UNRWA até pelo menos março de 2025. ONU mais tarde encontrado Que nove funcionários podem estar envolvidos no ataque e foram demitidos.
A UNRWA está desempenhando um papel vital na recuperação de Gaza, pois um cessar -fogo frágil continua a manter entre Israel e Hamas.
Espera -se que Trump e Netanyahu discutam a próxima fase do acordo de cessar -fogo quando se encontrarem.
Falando depois que Netanyahu chegou aos EUA na segunda -feira, Trump disse que “não havia garantias” de que o acordo de cessar -fogo manteria.
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Tarcísio faz ofensiva na Alesp e negocia até com PT – 03/02/2025 – Poder
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4 de fevereiro de 2025 Bruno Ribeiro
A Assembleia Legislativa de São Paulo iniciou os trabalhos de 2025 nesta segunda-feira (3) com uma ofensiva do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) para facilitar a tramitação de um projeto que altera a lei orgânica da Polícia Civil.
A proposta enfrenta resistências de sindicatos e até de aliados do governador e deve ser uma das principais discussões do Legislativo neste primeiro semestre.
Dois secretários estiveram na Alesp para articular o projeto: Guilherme Derrite (Segurança Pública) e Arthur Lima (Casa Civil).
Derrite conversou com o presidente da Casa, André do Prado (PL), que comanda a pauta de votações, enquanto Arthur Lima buscou apoio entre deputados da base e da oposição. O secretário-executivo de Arthur, Fraide Sales, acompanhou as discussões.
Sales é coronel reformado do Exército e foi indicado para coordenar a reestruturação da Polícia Civil. Sua presença, no entanto, é vista por sindicatos de escrivães, investigadores e delegados como uma intervenção militar na corporação civil. Eles discutem marcar uma manifestação pública contra o governo —algo que o Palácio dos Bandeirantes tenta evitar.
A resistência não se limita a sindicalistas. A bancada da bala da Alesp, composta por deputados bolsonaristas que têm a base eleitoral composta por profissionais da segurança pública, não aceitou de imediato a indicação de Sales, considerado distante do ambiente das duas corporações paulistas.
Aliados do governador na Alesp afirmam que Arthur Lima precisou explicar aos parlamentares que a participação de Sales no projeto não estava ligada ao seu passado militar, mas ao cargo atual de secretário-executivo e que, além disso, ele é uma pessoa de confiança direta de Tarcísio (foram colegas de Instituto Militar de Engenharia).
Para reduzir as críticas, o governo aposta no apoio de dois deputados da base, Delegado Olim (PP) e Delegada Graciela (PL). Arthur Lima e Sales também buscaram diálogo com o deputado Paulo Reis (PT), integrante da Comissão de Segurança Pública da Alesp e com interlocução entre sindicalistas da Polícia Civil.
Segundo Reis, a equipe de Tarcísio o procurou para dizer que o texto será debatido com as entidades e deputados antes da apresentação da versão final, prevista para maio. No entanto, ele ressalta que ainda não há uma minuta ou premissas claras do projeto.
Entre assessores de Tarcísio, a pauta da segurança pública é tida como prioritária para pavimentar qualquer projeto político do governador, seja tentar a reeleição ou disputar a Presidência.
No caso da reestruturação da Polícia Civil, a ideia central a ser comunicada à sociedade é que o governo modernizou a instituição e a tornou mais eficiente.
O momento é oportuno para a discussão, na visão dos aliados, por dois motivos principais. Primeiro, ela representaria uma resposta pública aos recentes casos de corrupção na corporação, como a prisão de delegados ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital), que causou desconforto por ter sido feita pela Polícia Federal.
Em segundo lugar, ela seria colocada como um contraponto ao recente pacote de políticas para o setor apresentadas, na esfera federal, pelo ministro Ricardo Lewandowski (Justiça), que foi criticado por bolsonaristas.
À Folha Arthur não quis dar nenhum detalhe sobre como será o projeto. “Está em estudo, ainda. Mas temos 14 cargos na Polícia Civil. Não faz sentido ter tantos cargos. A ideia é refletir bastante sobre isso”, afirmou. “A ideia é ouvir bastante, para fazer a melhor lei orgânica para os policiais.”
A estratégia do governo para a reforma foi ajustada ao longo do caminho. Inicialmente, um coronel da Polícia Militar, Paulo Mauricio Maculevicius Ferreira, foi indicado para coordenar os estudos. Ele é chefe de gabinete da pasta de Derrite —que também é ex-PM.
Ferreira foi substituído por Sales quando ficou claro para o governo que a indicação de um PM aumentaria as resistências da Polícia Civil, dada a histórica rivalidade entre as duas corporações.
Feita a troca, o governo também deve procurar diretamente as entidades que já se manifestaram contra a discussão de mudanças.
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