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Ucrânia: EUA veem guerra por procuração; Europa debate – 06/03/2025 – Mundo

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Igor Gielow
O governo Donald Trump considerou pela primeira vez a Guerra da Ucrânia um conflito por procuração entre os EUA e a Rússia. Já líderes europeus se reúnem para debater formas de manter o apoio a Kiev, consolidando o racha no Ocidente acerca do rumo da crise iniciada com a invasão promovida por Vladimir Putin há três anos.
“O presidente Donald Trump vê esse conflito como estagnado e, francamente, é uma guerra por procuração entre potências nucleares: os EUA, ajudando a Ucrânia, e a Rússia”, disse o secretário de Estado, Marco Rubio, em entrevista na quarta (5) à Fox News.
“Ela precisa acabar, e ninguém tem uma ideia ou um plano sobre isso”, completou Rubio, com desassombro, ao comentar a suspensão da ajuda militar americana, na forma de envio de armas e compartilhamento de informações de inteligência, aos ucranianos.
A fala do secretário repete a terminologia adotada pelo Kremlin ao longo da guerra. Antes, Trump já havia se alinhado a Putin ao ligar para o russo e iniciar negociações bilaterais sem Kiev ou Bruxelas, e comprando seus argumentos acusando Volodimir Zelenski pelo início da guerra.
A crise escalou com a troca de farpas entre o ucraniano e o americano e desandou de vez na Casa Branca, na sexta passada (28), quando ambos bateram boca e Zelenski saiu sem assinar um acordo de exploração mineral que teoricamente manteria a relação entre os países, mesmo sem garantias de segurança após uma trégua.
Zelenski então correu aos europeus para pedir apoio, e depois tentou reabrir os canais com Trump ao dizer que se submeteria à sua “liderança” no processo de paz. Moscou comemorou.
No meio do caminho está a Europa, perdida com a guinada de 180 graus da Casa Branca, que havia liderado o que a Rússia e agora o governo Trump chama de guerra por procuração. A retórica de Trump sempre foi a mesma: o conflito é um problema de europeus, e os EUA gastam demais com a Otan.
Com efeito, a reação tem sido liderada não pela aliança militar ocidental, mas pela União Europeia, cujos líderes se encontram nesta quinta (6) em Bruxelas para discutir o plano anunciado de US$ 860 bilhões para reavivar a indústria de defesa do continente e rearmar seus membros. Zelenski está presente.
É um número mágico, com efeitos propagandísticos. Nas contas do londrino Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla inglesa), esse seria o valor de gasto militar se os membros europeus da Otan aplicassem os 5% do PIB que Trump já disse que gostaria de ver empregados no setor por eles. Hoje, a meta é de 2%, alcançada por 24 dos 32 integrantes.
Em 2024, os 30 países europeus do clube somaram US$ 442 bilhões de orçamento de defesa. Sozinho, em valores ajustados pela paridade de poder de compra que faz a produção de uma arma russa ser mais barata do que na Europa, por questão de mão de obra e matéria-prima, Putin gastou US$ 461 bilhões.
Trump balança a conta de quase US$ 1 trilhão americana em defesa e o fato de que o continente depende dos americanos para quase tudo no setor em caso de guerra: os EUA têm sozinhos mais aviões de transporte pesados, vitais num conflito, do que toda a Europa.
Isso dito, é bravata do presidente dizer que ele banca a Otan. No orçamento do órgão, de apenas US$ 5 bilhões em 2024, Washington é responsável pelos mesmos 16% que a Alemanha, seguida por Londres e Paris (10%), Roma ((8%) e demais capitais de forma proporcional ao tamanho de sua economia.
O plano da UE incluir não só aumento de gasto militar, mas financiamento industrial e isenções fiscais. O mercado de defesa está em festa: as ações de suas empresas puxaram altas históricas nas Bolsas europeias esta semana, lembrando que guerra é um bom negócio. Ainda assim, a meta soa irrealista no curto e médio prazos, onde o drama atual se desenrola.
O ataque com míssil que matou quatro pessoas na terra natal de Zelenski, Krivii Rih, na noite de quarta é um lembrete do que a falta de detecção por satélite de lançamentos balísticos pode fazer para as defesas ucranianas.
Ao chegar a Bruxelas, a retórica dos líderes foi a mesma dos dias anteriores, com promessas de mais gasto militar. “A Europa pode se rearmar mais rapidamente e de forma mais eficiente que a Rússia”, disse o premiê polonês, Donald Tusk, cujo país é o maior investidor no setor em proporção do PIB, 4,1%, na Otan.
A maioria foi cuidadosa, por questões orçamentárias evidentes, acerca de dissociar a Europa dos EUA. O premiê demissionário da Alemanha, Olaf Scholz, disse que os americanos têm de fazer parte de qualquer solução para a guerra.
Seu colega grego, Kyriakos Mitsotakis, disse: “É importante que nós sejamos capazes de oferecer garantias de segurança à Ucrânia no dia seguinte [ao cessar-fogo], e os EUA devem participar desse esquema”.
Até aqui, Trump discorda, já tendo dito que o que importa é parar a guerra, o que é lido como uma ampla acomodação com Putin —a quem suas falas sugerem que haverá concessão dos 20% que ocupa da Ucrânia e neutralidade militar de Kiev, como o russo deseja.
O problema é a suspeita de que isso não impedirá agressões futuras, por isso a questão das garantias, que viriam na forma de uma força de paz.
O americano, antes da debacle com Zelenski, havia topado o envio de soldados europeus, como o francês Emmanuel Macron e o britânico Keir Starmer tinham sugerido, mas o Kremlin rejeita.
Há outras dissonâncias: os dois líderes europeus mais próximos de Putin, o húngaro Viktor Orbán e o eslovaco Robert Fico, são contra a continuidade do apoio a Kiev, não menos porque têm negócios energéticos importantes com Moscou.
Por fim, os europeus vão discutir a ideia complexa de ver o guarda-chuva nuclear francês, que tem um comando diferente do da Otan, que emprega armas americanas e britânicas, estendido a outros países do continente. Isso poderia ser feito na forma do envio de caças com mísseis para Alemanha ou Polônia, por exemplo.
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Macron voltou a fazer a oferta na véspera, no discurso em que pintou a Rússia como ameaça existencial, e membros menores e mais expostos no leste da Otan, como a Lituânia, se entusiasmaram. Mas Scholz já colocou um freio, dizendo que os EUA têm de estar envolvidos.
De seu lado, o Kremlin apenas disse nesta quinta que a fala do francês prova que a Europa “quer continuar a guerra”, em oposição aos esforços de paz do cada vez mais amigo de Putin na Casa Branca.
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Carnaval: como transformar sua vida afetiva e sexual – 06/03/2025 – Laura Muller

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6 de março de 2025
Carnaval passou, “ano começou”. E pode ser um bom momento para olhar para a vida afetiva e sexual e fazer planos que tragam mais prazer, equilíbrio e bem-estar. Pode ser hora também de se encorajar e colocar coisas em prática, como dar aquela reviravolta que você tanto queria. Ou seja, iniciar um novo ciclo. E hoje, aqui na nossa coluna de “início de ano” (de fato), vão algumas dicas para isso.
A primeira delas: de tempos em tempos, é importante a gente fazer uma pausa para se investigar profundamente. Ou seja, para olhar para dentro. Como você se sente? O que percebe de si? O que seu faro, ou sua intuição, diz a respeito de você? Como andam seus pensamentos em relação a como você tem levado sua vida amorosa e sexual?
Avalie isso tudo com calma e sem fugir de ideias que possam ser, digamos, doloridas. Na maioria das vezes, confrontar-se com o que dói pode ser libertador. É a partir desse passo corajoso (o de reconhecer que algo não está bom o suficiente) que a gente começa um processo de transformação.
E o próximo passo, ou a próxima dica, tem a ver justamente com isso: a busca pela mudança, pela transformação. É hora de se perguntar: como eu modifico esse meu caminho? O que eu preciso fazer? Que tipo de ajuda (se necessário) é preciso buscar?
E, ao encontrar as respostas, é hora de se encorajar e agir.
Outra dica: durante todo esse processo de investigação e transformação, é importante ter calma. A gente não muda nada em segundos. E sempre há a questão dos erros e acertos: a gente não acerta tudo de cara, nem erra tudo de cara. A vida é um misto desses altos e baixos.
No campo afetivo e sexual, ir com calma para mudar o que está incomodando é o melhor jeito para lidar com as angústias, os temores, as dificuldades emocionais com os encontros amorosos, o prazer e o orgasmo, além de todas as questões com o funcionamento do corpo.
Mais uma dica: como sempre falo por aqui (mas vale repetir), lembre-se também de que ficar se cobrando uma performance perfeita, seja em qualquer situação, é uma escolha nada acertada.
A cobrança em excesso atrapalha demais o bem-estar, o equilíbrio e os prazeres dos mais variados (de estar a dois, de compartilhar o sexo, de estar consigo, entre outros). Além disso, perfeição não existe! Então não adianta ficar buscando ser perfeito ou perfeita, não é mesmo?
Enfim, reavalie o seu caminho no campo afetivo-sexual para manter o que está satisfatório e se encoraje a transformar o que não lhe agrada. O seu prazer (de vida) agradece!
Bom ano!
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Chloé acompanha o fluxo em Paris, enquanto revela “romântico” boho chic | Semana da moda de Paris

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15 minutos atrásem
6 de março de 2025
Morwenna Ferrier
Poucas tendências foram renomeadas para o mainstream como “boho”.
No entanto, no Chloé Show em Parisno terceiro dia de sua semana de moda, a diretora criativa, Chemena Kamali, dobrou seus esforços para empurrar sua fáceis fria e caixas registradores e fáceis da maneira mais descontraída possível. Ela não se importa com a palavra, mas prefere descrever suas roupas como “românticas”.
Sob o telhado abobadado do clube de tênis de Paris, com Long Blondes Jerry Hall e Georgia podem se divertir na primeira fila, o designer nascido em alemão enviou uma procissão suave de blusas de babados, apartamentos de balé e cintos de logotipo chloé de ouro.
Grandes bolinhos macios vinham carregados de encantos, e as calças eram de pernas largas e baixas. A moda adora jogar uma nova zona erógena no éter até que se grude. No Dries Van Noten, era o ombro esquerdo e, em Chloé, é o diafragma. Como em quase todos os shows até agora, o pêlo falso estava por toda parte. Um pouco Ophelia no riachoum pouco extravagante dos anos 70, era difícil não argumentar que Boho estava de volta. De novo.
Tanto a High Street, onde Marks & Spencer viu um aumento relatado e inconcebível de 9.633% nas pesquisas por “Boho Styles” e na cultura popular, onde Boho é o guarda -roupa não oficial da Dowife Trad, é uma das poucas tendências a pular perfeitamente entre as gerações. Ame ou odeie, em um momento em que a moda é frenética para novas silhuetas, designs subversivos e momentos virais, fazer algo familiar – e fácil de usar – é uma surpresa bem -vinda. Além disso, ele é vendido – no primeiro ano desde que ela ingressou na marca, as vendas anuais aumentaram 26,9%.
Falando nos bastidores após o show, a designer nascida na Alemanha disse que queria ajudar as mulheres a evitar “pensar demais na maneira como se vestem”. Quando uma mulher envelhece, seu guarda -roupa muda, ela disse. Afirmando o óbvio talvez, mas também é verdade no cotidiano: “as mulheres nem sempre são as mesmas, temos humor mudando, e sentimentos e roupas precisam refletir isso”.
A peça de destaque era um vestido deslizante, cortado no viés, que vinha em tons pastel. Na caixa de vestir de algumas das mulheres mais famosas do mundo-Carolyn Bessette-Kennedy usava regularmente Calvin Klein, enquanto uma princesa Diana recém-divorciada apareceu no Met Ball de 1996 usando um vestido de Dior-hoje foi modelado por Alexa Chung. Em Paris, lar do “Cinq à Sept”, os vestidos de deslizamento são mais para o dia a dia. Usando apartamentos e um casaco de pele falsa com o dela, ele conseguiu atacar a linha entre curativo público e privado, enquanto também era um pouco sexy.
Chloé A gravadora foi originalmente fundada em 1952 pelo estilista francês Gaby Aghion porque queria algo fácil de usar (não é possível em Paris dos anos 50). Ela criou uma marca, nomeada em homenagem a um amigo e, por sua vez, criou um arquétipo: a “Chloé Girl”. Sob vários designers, incluindo Phoebe Philo e, mais recentemente, a designer uruguaia Gabriela Hearst, sua identidade mudou dependendo de quem estava desenhando. Mas ela suportou.
Kamali, que trabalhou anteriormente na Chloé com Philo nos anos 2000 e Clare Waight Keller nos anos 2010, tem sido uma revelação na indústria da moda, dando roupas femininas que eles claramente desejavam. Isso tem sido particularmente verdadeiro após a onda de compromissos de designers brancos em roupas femininas.
Se os designers são o rosto de seu rótulo, ou pelo menos sua representação mais visível, correndo para o arco de final de show em calças soltas, um pequeno colete de renda, seus cabelos compridos desgastados, Kamali parecia mais com o protagonista de Chloé.
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A “condenação” de Israel do plano Gaza da Liga Árabe “sem sentido” | Al Jazeera

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21 minutos atrásem
6 de março de 2025
Ori Goldberg descompacta os planos de Gaza de Trump e explica por que a rejeição de Israel à proposta da Liga Árabe tem pouco peso.
Ori Goldberg, um comentarista político, quebra os planos de reconstrução de Gaza de Trump e descompacta por que a condenação de Israel da proposta da Liga Árabe significa pouco.
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Razões para evangélicos comemorarem o Oscar – 03/03/2025 – Cotidiano
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