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URGENTE: Ex-presidente Michel Temer é preso pela Lava Jato; veja vídeo
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Veja o vídeo:
O ex-presidente da República Michel Temer foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira (21) em São Paulo após pedido do juiz Marcelo Bretas, da força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro. Michel Temer é o segundo presidente a ser preso após investigação na esfera penal —o primeiro foi Luiz Inácio Lula da Silva, em abril de 2018.
A prisão, sem prazo determinado, tem relação com delação de executivo da empreiteira Engevix, que envolveria propina para campanha eleitoral do emedebista. A instrumentalização do pagamento da propina da Engevix, segundo o Ministério Público Federal, contou com a participação do ex-ministro Moreira Franco, que também foi preso de forma preventiva nesta quinta-feira.
Ao ficar sem mandato, Temer perdeu a prerrogativa de foro perante o Supremo, e denúncias contra ele foram mandadas para a primeira instância da Justiça Federal.
Recentemente, o ministro Luís Roberto Barroso deferiu pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) para que se abram cinco novas investigações sobre o emedebista, que tramitarão na primeira instância.
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15h58 21.mar
Moreira Franco ajudou a pensar em formato de propina, diz delator
Brasília – O delator José Antunes Sobrinho, da Engevix, afirmou à Polícia Federal que o ex-ministro Moreira Franco ajudou a pensar em um formato para viabilizar repasses ilícitos para o MDB na campanha de 2014.
Segundo a delação premiada, Sobrinho fez uma engenharia com outra empresa e mandou R$ 1 milhão para o partido naquele ano.
De acordo com o executivo, o coronel João Batista Lima Filho, amigo de Michel Temer, e Moreira levaram a ele o assunto da necessidade de contribuição eleitoral.
Sobrinho disse que duas ideias foram formuladas para viabilizar o dinheiro, que para os investigadores é propina.
O delator afirmou que pensou em dois projetos que poderiam justificar internamente em sua empresa a necessidade de investimento. Ambos envolviam contratos com o poder público e licitações. Os processos chegaram a começar, mas não terminaram.
“Nessa situação, eu desenvolvi uma ideia, que o Lima era bastante ciente, e ele foi acompanhando. Eu disse: olha, Lima, desses contratos que temos aqui, não tenho como fazer, mas se você espera uma contribuição nossa, a gente tem ideias de novos serviços, que podem justificar internamente a gente fazer doações”, disse o executivo à PF.
“Pensamos, então, com Moreira Franco, em dois contratos que gerariam serviços para empresas do grupo. E pensamos também em uma ordem de grandeza de R$ 5 milhões a R$ 6 milhões para o MDB, quando ocorre o primeiro e o segundo turno das eleições”, completou.
O delegado Cleyber Malta, que tomou o depoimento do delator, reforçou a pergunta, então, de se essa engenharia estava sendo pensada para viabilizar o repasse e Sobrinho respondeu: “perfeitamente”.
O executivo ainda afirmou que o coronel amigo de Temer cobrava muito o andamento dos dois projetos, para que o dinheiro saísse logo.
“Ele cobrava muito. Acho que mandava alguns recados, do vice-presidente, para o Moreira Franco, de que os processos tinham que andar”.
As duas ideias, no entanto, não deram certo. De acordo com o colaborador, a solução, então, foi pedir a uma empresa envolvida em um projeto no aeroporto de Brasília para que fizesse o repasse de R$ 1 milhão, o que foi feito, segundo o delator.
Sobrinho afirmou que Lima e Moreira encabeçavam as discussões sobre o dinheiro para eleição.
“Ele [Lima] trás o assunto, mas o Moreira também [de ajudar na eleição]. Tanto que ele [Moreira] me levou para almoçar com o presidente, para falar de aeroportos, mas no fundo, era uma empresa que prestava importantes trabalhos em uma área que o MDB tinha o controle”, disse. (Camila Mattoso)
Boulos diz esperar que prisão não fortaleça xerifes de toga
Pelas redes sociais, o líder do MTST Guilherme Boulos (PSOL) afirmou que Michel Temer é um bandido e que há provas contundentes contra ele.
“Temer é um bandido, que já deveria estar preso há tempos. Existem provas contundentes contra ele, não meras ‘convicções’. Esperamos apenas que sua prisão não sirva pra fortalecer xerifes de toga, que se consideram acima da lei, nem pra desviar da crise do desgoverno de Bolsonaro”, escreveu. (Carolina Linhares)
Defesa de Moreira Franco manifesta inconformidade com prisão preventiva
A defesa de Moreira Franco, preso nesta quinta-feira (21), manifestou inconformidade com a prisão do ex-governador que, segundos defesa, está em local conhecido e manifestou estar à disposição nas investigações.
“Causa estranheza o decreto de prisão vir de juiz de direito cuja competência não se encontra ainda firmada, em procedimento desconhecido até aqui”, afirmaram.
Planalto tenta evitar que prisão de Temer tenha impactos em votações do governo
A prisão do ex-presidente Michel Temer não causou surpresa ao entorno do presidente Jair Bolsonaro, mas criou o receio de que, ao ocorrer neste momento, possa impactar na tramitação da reforma previdenciária e do pacote anticrime, considerados prioridades da atual gestão.
Nas palavras de um assessor presidencial, a prisão era uma “questão de tempo”, mas não favorece o Palácio do Planalto ao agravar o desgaste na relação entre o Judiciário e o Legislativo, que têm protagonizado uma queda de braço nas últimas semanas.
Presidente do PSOL diz que partido não compactua com uso político do Judiciário
O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, afirmou em nota que o partido não compactua com o uso político do Judiciário, mas chama Michel Temer (MDB) de inimigo do povo.
“Temer é um inimigo do povo. Mas a Lava Jato é prodiga em arbitrariedades e excessos”, diz
Medeiros afirma ainda que a prisão do ex-presidente não pode servir como distração para as medidas tomadas por Jair Bolsonaro (PSL).
“O episódio não pode servir para desviar a atenção da sociedade diante dos ataques do governo Bolsonaro, que radicaliza o programa de Temer e se ampara nas mesmas práticas fisiológicas de seu antecessor. O PSOL combate a corrupção, mas não compactua com o uso político das instituições do Judiciário.” (Carolina Linhares)
Propina de Angra 3 custeou parte da reforma de Maristela Temer, diz Procuradoria
A propina oriunda do contrato de construção de Angra 3, segundo o Ministério Público Federal, custeou parte de reforma na casa de Maristela Temer, filha do ex-presidente Michel Temer.
O órgão afirma que coronel Lima, amigo de Temer, além de administrar as obras, empregou na reforma vantagens indevidas recebidas pelo grupo criminoso, em típico ato de lavagem de dinheiro. Foi identificado o uso do e-mail da Argeplan, empresa de Lima, na transmissão de recibos de pagamentos de materiais e serviços, além da atuação de funcionários da empresa na reforma.
Relatório policial indica que contratados da obra disseram que receberam a maior parte do pagamento em dinheiro vivo, em valores que podem ultrapassar R$ 1,5 milhão. (Ana Luiza Alquerque)
Prisão de Temer é positiva para a imagem do Brasil, avaliam empresários
Uma rodada de breves conversas com grandes empresários brasileiros, de setores diversos, leva a uma conclusão consensual: a prisão preventiva do ex-presidente Michel Temer pela Lava Jato era algo esperado e veio até com atraso.
Apesar da queda na Bolsa, a prisão passa um sinal positivo importante: de que o Brasil é um país que persegue e investiga suspeitas de corrupção, bom para o ambiente de negócios e para a atração de investimentos.
Veja o momento da prisão de Moreira Franco
Veja o momento da prisão de Moreira Franco
Prisão de Temer é para evitar destruição de provas e garantir a ordem, diz juiz Bretas
O juiz Marcelo Bretas justificou a prisão preventiva do ex-presidente Michel Temer com quatro figuras que constam do Código de Processo Penal: para evitar a destruição de provas, garantir a ordem pública, por conveniência da instrução do processo penal e garantir a aplicação da lei.
Segundo a decisão, há “risco efetivo que os requeridos em liberdade possam criar à garantia da ordem pública, da conveniência da instrução criminal e à aplicação de lei penal (artigo 312) do Código de Processo Penal.
PT diz esperar que prisão de Temer não seja por ‘especulações e delações sem provas’
Principal adversário de Michel Temer durante seu período na presidência, o PT afirmou nesta quinta-feira (21) esperar que a prisão do emedebista não seja baseada “penas por especulações e delações sem provas”.
“O Partido dos Trabalhadores espera que as prisões de Michel Temer e de Moreira Franco, entre outros, tenham sido decretadas com base em fatos consistentes, respeitando o processo legal, e não apenas por especulações e delações sem provas, como ocorreu no processo do ex-presidente Lula e em ações contra dirigentes do PT”, diz o texto assinado pela presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann (PR) e os líderes da sigla no Congresso, Humberto Costa (PE) e Paulo Pimenta (RS).
A nota afirma que Temer assumiu a presidência em “um golpe deplorável”, mas que é preciso que a Justiça seja feita “dentro da lei”. “Caso contrário, estaremos diante de mais um dos espetáculos pirotécnicos que a Lava Jato pratica sistematicamente, com objetivos políticos e seletivos”, afirmam.
Michel Temer assumiu a presidência em 2016 após o processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT).
O PT também acusa o ministro Sergio Moro (Justiça) de travar uma “luta encarniçada” por poder. “O que fica evidente é que, cumpridos os objetivos do golpe do impeachment de 2016 e da proibição ilegal a Lulade concorrer as eleições de 2018, seus principais artífices estão sendo descartados pelos que realmente movimentaram os cordéis: o sistema financeiro, os representantes dos interesses estrangeiros no país, com o apoio da mídia conservadora”, diz a nota. “Isso vale para a própria Lava Jato e seu comandante, Sergio Moro, que travam hoje uma encarniçada luta pelo poder contra o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e a cúpula da PGR.” (Angela Boldrini)
PT diz esperar que prisão de Temer não seja por ‘especulações e delações sem provas’
Principal adversário de Michel Temer durante seu período na presidência, o PT afirmou nesta quinta-feira (21) esperar que a prisão do emedebista não seja baseada “penas por especulações e delações sem provas”.
“O Partido dos Trabalhadores espera que as prisões de Michel Temer e de Moreira Franco, entre outros, tenham sido decretadas com base em fatos consistentes, respeitando o processo legal, e não apenas por especulações e delações sem provas, como ocorreu no processo do ex-presidente Lula e em ações contra dirigentes do PT”, diz o texto assinado pela presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann (PR) e os líderes da sigla no Congresso, Humberto Costa (PE) e Paulo Pimenta (RS).
A nota afirma que Temer assumiu a presidência em “um golpe deplorável”, mas que é preciso que a Justiça seja feita “dentro da lei”. “Caso contrário, estaremos diante de mais um dos espetáculos pirotécnicos que a Lava Jato pratica sistematicamente, com objetivos políticos e seletivos”, afirmam.
Michel Temer assumiu a presidência em 2016 após o processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT).
O PT também acusa o ministro Sergio Moro (Justiça) de travar uma “luta encarniçada” por poder. “O que fica evidente é que, cumpridos os objetivos do golpe do impeachment de 2016 e da proibição ilegal a Lulade concorrer as eleições de 2018, seus principais artífices estão sendo descartados pelos que realmente movimentaram os cordéis: o sistema financeiro, os representantes dos interesses estrangeiros no país, com o apoio da mídia conservadora”, diz a nota. “Isso vale para a própria Lava Jato e seu comandante, Sergio Moro, que travam hoje uma encarniçada luta pelo poder contra o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e a cúpula da PGR.” (Angela Boldrini)
Amigo de Temer propôs devolver propina por medo da Lava Jato, diz delator
O executivo da Engevix José Antunes Sobrinho afirmou em delação premiada que o coronel João Baptista Lima Filho, amigo de Michel Temer, chegou a propor devolver o valor pago de R$ 1 milhão de propina, usando como justificativa o andamento da operação Lava Jato.
O dinheiro, segundo a colaboração do empresário, foi a pedido do ex-presidente Temer e do ex-ministro Moreira Franco para o MDB na eleição de 2014.
Leia a íntegra da decisão pela prisão de Michel Temer
Reprodução | ||
Decisão de prisão preventiva de Michel Temer |
Bretas autoriza Temer a ficar em unidade da PM em Niterói
Em despacho na tarde desta quinta-feira (21), o juiz Marcelo Bretas determinou que Michel Temer, “na qualidade de ex-presidente da República”, fique detido na unidade prisional da Polícia Militar do Rio em Niterói. Bretas diz ter atendido argumentos do Ministério Público Federal.
O ex-ministro Moreira Franco e o coronel João Baptista Lima Filho, amigo de Temer, terão a mesma prerrogativa, segundo o despacho.
‘Gato Angorá’, Moreira Franco tem histórico de escândalos e intrigas palacianas; leia perfil
Novo cacique do MDB a cair na Lava Jato, o ex-ministro Wellington Moreira Franco (MDB-RJ) não é calouro em escândalos políticos.
Até esta quarta (21), quando foi preso pela força-tarefa da operação, Moreira Franco era o único governador eleito e ainda vivo do Rio sem passagem pela prisão.
Piauiense radicado no Rio, Moreira Franco governou o estado de 1987 a 1991, e de seu antecessor, Leonel Brizola (1922-2004), ganhou o apelido que o acompanha até hoje: Gato Angorá, seja pelas madeixas esbranquiçadas que ostentava já nos anos 1980, seja pela manha de passar de colo em colo.
Leia o perfil de Moreira Franco.
Maia recebeu notícia da prisão do sogro com serenidade, dizem aliados
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), recebeu a notícia de que seu sogro —o ex-ministro Moreira Franco— havia sido preso enquanto recebia deputados na residência oficial da Casa.
Aliados dizem que ele agiu de forma serena com a novidade, leu algumas notícias sobre a prisão do ex-presidente Michel Temer (MDB) e terminou de despachar com parlamentares de partidos como DEM, PP e PRB antes de começar a fazer ligações para discutir as prisões.
É comum que às quintas-feiras, Maia permaneça na residência oficial recebendo autoridades, uma vez que não há sessão deliberativa na Câmara.
O presidente recebeu visitas de parlamentares, como Efraim Filho (DEM-PB) e do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes após a reunião.
Ele não deve ir ao Rio de Janeiro, onde Moreira Franco e Temer estão detidos. (Angela Boldrini e Ricardo Della Coletta)
Expectativa de procuradores é que Fachin seja relator de eventual habeas corpus no STF
A expectativa entre membros do Ministério Público Federal é que o relator no STF (Supremo Tribunal Federal) de um eventual pedido de soltura do ex-presidente Michel Temer (MDB) seja o ministro Edson Fachin.
O ministro é relator dos processos decorrentes da Operação Radioatividade, que já apurou, na Justiça Federal do Rio, desvios na Eletronuclear. Fachin herdou essa relatoria do ministro Teori Zavascki, que o antecedeu na condução da Lava Jato na corte. Já o ministro Gilmar Mendes, no entendimento de procuradores, é relator no Supremo de processos relativos à Operação Calicute, também deflagrada no Rio.
Conforme a Polícia Federal informou, Temer foi preso preventivamente nesta quinta (21) devido a investigações que utilizaram elementos descobertos na Operação Radioatividade.
Nos bastidores, espera-se que haja uma discussão sobre quem será o relator no Supremo. No páreo também está o ministro Luís Roberto Barroso, que, a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), abriu o inquérito sobre Temer e a Eletronuclear e o remeteu à primeira instância no Rio, em janeiro.
O caminho mais comum para um habeas corpus chegar ao STF é passando antes pelo Tribunal Regional Federal e pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). A defesa, porém, pode acionar o STF em paralelo com as demais instâncias sob o argumento de que uma prisão foi flagrantemente ilegal ou abusiva.
No despacho que ordenou a prisão dos envolvidos, o juiz Marcelo Bretas defendeu, indiretamente, que Gilmar não seja o relator de um eventual pedido de soltura de Temer. Ele ressaltou que a investigação não tem relação com as Operações Saqueador e Calicute, das quais Gilmar foi o relator no STF.
“Apenas para evitar confusões a respeito da competência para eventual impugnação desta decisão, repito que estes autos guardam relação de conexão e continência com a ação penal derivada da denominada operação Radioatividade e seus vários desdobramentos. Não há relação entre este procedimento e as ações penais derivadas das denominadas operações Saqueador e Calicute e seus desdobramentos”, escreveu.
(Reynaldo Turollo Jr. e Ana Luiza Albuquerque)
Juiz Marcelo Bretas aceita pedido da PF para que presos fiquem na unidade de triagem até sexta (22)
Em despacho assinado nesta quarta (20), o juiz Marcelo Bretas aceitou pedido da Polícia Federal para que os presos fiquem na unidade de triagem, em Benfica, zona norte do Rio, até sexta-feira (22). Ele também autorizou a retirada e deslocamento dos presos, no mesmo dia, para a realização de oitivas.
Também na quarta, Bretas determinou a interceptação telefônica de números vinculados a Michel Temer, para viabilizar a deflagração da fase ostensiva da operação. (Catia Seabra)
‘É muito ruim para o país’, diz Mourão sobre prisão de Temer
O presidente interino Hamilton Mourão avaliou nesta quinta-feira (21) que a prisão do ex-presidente Michel Temer, assim como a de Luiz Inácio Lula da Silva, é “muito ruim para o país”.
Para ele, agora é necessário aguardar as investigações da Polícia Federal, que apura se a empreiteira Engevix pagou propina para campanha eleitoral do MDB.
“Eu já falei sobre a mesma situação do presidente Lula. É muito ruim para o país você ter um ex-presidente preso. Agora, seguem as investigações”, disse.
Na opinião do general, a situação não deve atrapalhar a pauta de votações no Congresso Nacional, mas deixa todo mundo, segundo definiu, como “cachorro em canoa”. “Querendo se equilibrar”, definiu.
Mourão assumiu o cargo de maneira interina nesta quinta-feira (21), após viagem de Jair Bolsonaro ao Chile. A expectativa é de que fique no posto até sábado (23), quando o presidente retorna ao Brasil. (Gustavo Uribe)
Promotora Fabiana Schneider e agentes federais deixam apartamento de Moreira Franco
A promotora Fabiana Schneider acaba de deixar o apartamento do ex-ministro Moreira Franco, alvo de operação de busca e apreensão.
Três agentes federais também deixaram o prédio, na Praia de São Conrado, carregando uma bolsa. (Catia Seabra)
Todos os governadores eleitos no Rio de Janeiro desde 1998 já foram presos
Todos os governadores eleitos no Rio de Janeiro desde 1998 foram presos a certa altura, por diferentes operações: Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão e o casal Anthony e Rosinha Garotinho (os dois primeiros ainda estão detidos).
Moreira Franco, detido na manhã desta quinta (21) por agentes da PF no meio de uma avenida carioca, governou o estado de 1987 a 1991.
Após prisão, senadores querem votar projetos contra abuso de autoridade
A prisão do ex-presidente Michel Temer reacendeu entre senadores a intenção de votar os projetos que tratam de abuso de autoridade e estão parados tanto na Câmara como no Senado.
“Vejo com muita preocupação [a prisão de Temer]. Não vejo nenhuma razão objetiva para a prisão do[ex-]presidente Temer. Posso falar isso porque sempre fui oposição a ele. Mas ele não está fugindo, que eu saiba, tem endereço conhecido. Acho que isso é um processo de abuso de autoridade que está acontecendo com alguma frequência”, disse o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Ele disse que “está na hora” de se votar uma proposta que puna o abuso de autoridade que, segundo ele, “está passando de todos os limites” e traz reflexos.
“O reflexo é esta desmoralização da politica cada vez maior e de uma classe que é fundamental para a democracia”, afirmou.
O senador pelo MDB Marcio Bittar (AC) disse não ver abuso autoridade na prisão de Temer e de alguns de seus ministros, mas defendeu a votação do projeto.
“Tem abuso no Judiciário? Tem abuso no Ministério Público? Se você tiver uma visão cristã, vai dizer que sim, são feitos por homens e mulheres. Então, cabe a aprovação da lei que coíbe abuso de autoridade”, afirmou.
Para o líder da Minoria, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), não houve abuso e a prisão de Temer se justifica.
“É um dia histórico no combate à corrupção no Brasil. É uma demonstração de que ninguém está acima da lei. Os elementos para a prisão do senhor Michel Temer e do senhor Moreira Franco estão colocados há muito tempo”, afirmou. (Daniel Carvalho)
PF prende coronel amigo de Temer
A Polícia Federal prendeu o coronel João Baptista Lima Filho e sua mulher, Maria Rita Fratezi.
O coronel é tido pelos investigadores como intermediário de propina do ex-presidente Michel Temer, também preso nesta quinta-feira.
A PF informou há pouco até agora foram seis pessoas presas. Há ainda quatro mandados a serem cumpridos.
Os presos são: Michel Temer, Moreira Franco, Carlos José Zimmermann, Maria Rita Fratezi, Carlos Alberto Costa e coronel Lima.
A PF chegou a informar que o advogado Rodrigo Neves havia sido preso, mas se corrigiu. O mandado contra ele ainda está pendente de ser cumprido. (Camila Mattoso)
Imprensa internacional repercute prisão de Michel Temer
Jornais internacionais repercutem a notícia da prisão do ex-presidente Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco, que ocupou diferentes cargos no governo do emedebista.
O Washington Post noticiou a prisão como “breaking news” (notícia urgente): “Ex-presidente do Brasil é preso devido a acusações de corrupção”, diz o título.
Reprodução | ||
Reprodução do site do jornal americano Washington Post |
PF faz operação de busca e apreensão na casa de Moreira Franco, no Rio
Agentes da Polícia Federal fazem uma operação de busca e apreensão na casa do ex-ministro Moreira Franco (MDB), em São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro, acompanhados pela promotora Fabiana Schneider. O apartamento estava desocupado quando a polícia chegou.
Moreira foi preso pela PF às 11h58 desta quinta (21) na saída do Aeroporto do Galeão, na zona norte do Rio, voltando de Brasília. Ele falava ao telefone, a bordo de um Volvo, quando foi abordado no meio de uma avenida, conforme mostrou uma equipe da Record. (Catia Seabra)
‘Cão de guarda’ de Temer classifica prisão como ‘exibicionismo do Judiciário’
O ex-ministro da Secretaria de Governo Carlos Marun chamou nesta quinta-feira (21) de “exibicionismo do Poder Judiciário” a prisão do ex-presidente Michel Temer.
Segundo o aliado, que foi apelidado durante o mandato do emedebista como “cão de guarda”, trata-se de uma medida “desnecessária”, “ilegal”, “açodada”, “inconveniente” e “inexplicável”.
“Vejo aí, sinceramente, uma prática de exibicionismo do Poder Judiciário, que nada contribui neste momento para o país”, disse.
No final do ano passado, nos últimos dias de Temer no cargo, Marun foi nomeado para a função de conselheiro de Itaipu Binacional, função mantida pelo presidente Jair Bolsonaro. (Gustavo Uribe)
Expectativa de procuradores é que Fachin seja relator de eventual habeas corpus no STF
A expectativa entre membros do Ministério Público Federal é que o relator no STF (Supremo Tribunal Federal) de um eventual pedido de soltura do ex-presidente Michel Temer (MDB) seja o ministro Edson Fachin.
O ministro é relator dos processos decorrentes da Operação Radioatividade, que já apurou, na Justiça Federal do Rio, desvios na Eletronuclear. Já o ministro Gilmar Mendes, no entendimento de procuradores, é relator no Supremo de processos relativos à Operação Calicute, também deflagrada no Rio.
Conforme a Polícia Federal informou, Temer foi preso preventivamente nesta quinta (21) devido a investigações que utilizaram elementos descobertos na Operação Radioatividade. (Reynaldo Turollo Jr.)
Procuradoria diz que Engevix foi contratada em troca de propina para Temer
O Ministério Público afirma que as empresas contratadas pela Eletronuclear, a AF Consult do Brasil e a Argeplan (ligada a Michel Temer e ao Coronel Lima), não tinham pessoal ou expertise suficientes para a realização do projeto de engenharia da usina de Angra 3. Por isso, subcontrataram a Engevix, em troca do pagamento de propina em benefício do ex-presidente Michel Temer.
“As investigações demonstraram que os pagamentos feitos à empresa AF Consult do Brasil ensejaram o desvio de R$ 10 milhões e 859 mil reais, tendo em vista que a referida empresa não possuía capacidade técnica, nem pessoal para a prestação dos serviços para os quais foi contratada”, diz nota do órgão. (Ana Luiza Albuquerque)
PF faz busca e apreensão na casa de Temer
Agentes da Polícia Federal fazem busca e apreensão na casa do ex-presidente Michel Temer, em São Paulo, na tarde desta quinta (21).
Entraram no local um delegado e agentes da corporação no fim da manhã, segundo vizinhos que estavam no local.
O presidente já havia sido preso quando os agentes que cumprem a busca chegaram.
Às 13h15, ainda não haviam saído do local. Dois carros da PF estão em frente à residencia. (José Marques)
José Marques/Folhapress | ||
Polícia Federal em frente à casa de Temer, no Alto de Pinheiros |
13h18 21.mar
Delação que levou Temer à prisão foi rejeitada pela Lava Jato em Curitiba
As informações de que o ex-presidente Michel Temer recebeu R$ 1,1 milhão de propina da Engevix, e foram usadas para prendê-lo nesta quinta (21), faziam parte de uma tentativa de acordo de delação dos executivos da empreiteira feita em 2016. Quem não aceitou as informações foi a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. Joaquim Antunes, um dos sócios da Engevix, contou nessa proposta que teve de pagar o suborno de R$ 1,1 milhão para ficar com o contrato que a Argeplan havia ganho para fazer parte das obras da usina nuclear Angra 3. A Argeplan pertence a um antigo amigo de Temer, o coronel reformado João Baptista Lima Filho.
Com a recusa de Curitiba, o acordo de delação foi fechado em 2018 com a Polícia Federal e homologado pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal.
O sócio da Engevix diz que fez o repasse da propina à Argeplan por meio de uma subsidiária da Engevix, uma empresa chamada Alúmi, que tinha um contrato de prestação de serviços de mídia com o aeroporto de Brasília. A Alúmi diz ter feito um contrato de R$ 1 milhão com outra empresa do amigo de Temer, a PDA Projeto, por serviços que nunca foram executados. A defesa do coronel Lima diz que ele prestou os serviços pelos quais a Alúmi pagou R$ 1 milhão.
A força-tarefa da Lava Jato nunca explicou por que rejeitou a proposta de delação da Engevix. (Mario Cesar Carvalho)
Prisão de Temer e Moreira Franco aprofunda queda na Bolsa e alta no dólar
A manhã foi tensa para a Bolsa brasileira. O mercado, que já abrira azedo com a proposta de reforma na aposentadoria dos militares apresentada pelo governo, desandou de vez com a prisão do ex-presidente Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco, por volta de 11h.
O Ibovespa, índice das ações mais negociadas, abriu em queda de 0,19%. Entre 11h13 e 11h18, quando foram noticiadas as prisões, passou de 97.372,06 pontos para 96.762,88. Às 12h30 (horário de Brasília), recuava mais de 2%, a 95.956 pontos.
O dólar, que rondava a estabilidade pela manhã, agora cai com força, 1,35%, cotado a R$ 3,818. No exterior, a tendência é de desvalorização da moeda americana.
Gilmar se reúne com Maia após prisão de Temer e Moreira
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, se reuniu com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesta quinta-feira (21), mesmo dia em que a Polícia Federal prendeu o ex-presidente Michel Temer e o ex-ministro Moreira Franco.
Moreira Franco é sogro de Maia.
Mendes deixou a residência oficial da presidência da Câmara, em Brasília, no início da tarde desta quinta.
Maia também se reuniu nesta quinta com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. (Ricardo Della Coletta)
PF prende mais um em Brasília
A PF realizou agora a prisão de mais um alvo, Carlos Jorge Zimmermann, no Paraná.
A PF havia informado a prisão de Rodrigo Neves, em Brasília, mas depois corrigiu. Há mandado para prender o advogado, mas ainda não cumprido.
Neves e Zimermmann são alvos de prisão temporária.
No caso de Temer e Moreira, as prisões são preventivas. (Camila Mattoso)
Procuradoria diz que fatos apontam existência de organização criminosa liderada por Temer
O Ministério Público Federal afirmou, em nota, que requereu a prisão preventiva de alguns dos investigados porque todos os fatos somados apontam para a existência de uma organização criminosa em plena operação, envolvida em atos concretos de clara gravidade.
Os envolvidos são suspeitos de terem praticado crimes de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro
Segundo o Ministério Público, o grupo criminoso liderado por Michel Temer praticou diversos crimes envolvendo órgãos públicos e empresas estatais. De acordo com o órgão, foi prometido, pago ou desviado para a organização mais de R$ 1 bilhão e 800 milhões de reais.
A investigação, de acordo com o MPF, mostrou que diversas pessoas físicas e jurídicas usadas de maneira interposta na rede de lavagem de ativos de Michel Temer continuam recebendo, movimentando e ocultando valores ilícitos, inclusive no exterior. Segundo o órgão, muitos dos valores prometidos como propina seguem pendentes de pagamento ao longo dos próximos anos.
As apurações, segundo o Ministério Público, também revelaram uma espécie de braço da organização especializado em atos de contrainteligência, com o objetivo de dificultar as investigações. Entre tais atos, estariam o monitoramento das investigações e dos investigadores, a combinação de versões entre os investigados e seus subordinados, e a produção de documentos forjados.
Um dos contratos investigados foi firmado entre a Eletronuclear e as empresas Argeplan (ligada a Michel Temer e ao Coronel Lima), AF Consult Ltd e Engevix, para a execução de um projeto de engenharia da usina nuclear de Angra 3.
O Ministério Público afirma que as empresas contratadas não tinham pessoal ou expertise suficientes para a realização do projeto de engenharia da usina de Angra 3. Por isso, subcontrataram a Engevix, em troca do pagamento de propina de cerca de R$ 1 milhão em benefício do ex-presidente.
“As investigações demonstraram que os pagamentos feitos à empresa AF Consult do Brasil ensejaram o desvio de R$ 10 milhões e 859 mil reais, tendo em vista que a referida empresa não possuía capacidade técnica, nem pessoal para a prestação dos serviços para os quais foi contratada”, diz a nota.
Segundo o Ministério Público Federal, a propina foi paga pela Engevix ao final de 2014, por meio de transferências que totalizaram R$ 1 milhão e 91 mil, da empresa da Alumi Publicidades para a empresa PDA Projeto e Direção Arquitetônica, controlada pelo Coronel Lima. Para justificar as transferências, foram simulados contratos de prestação de serviços. (Ana Luiza Albuquerque)
Evaristo Sá/AFP | ||
O então presidente da República Michel Tmer |
O nome dela é Marcela e encontrei ela no Tinder; os memes da prisão de Temer
21 de março é aniversário do presidente Jair Bolsonaro. O assunto movimentava as redes sociais desde a noite de quarta (20), mas acabou sendo completamente ofuscado pela prisão do ex-presidente Michel Temer.
Nesta quinta (21), em poucos minutos, “Temer” se tornou o assunto mais popular no Twitter, com mais de 100 mil postagens.
Veja algumas das melhores reações no blog Hashtag.
Pedro Ladeira/Folhapress | ||
Momento em que, segundo os memes, Temer liga para Gilmar Mendes |
Parlamentares dizem que prisão azeda clima no Congresso
Reservadamente, parlamentares dizem que a prisão do ex-presidente Michel Temer azeda ainda mais o clima no Congresso em relação à reforma da Previdência e ao Judiciário.
Deputados e senadores afirmam que a criminalização da política torna o ambiente ainda mais difícil para a aprovação da reforma.
Eles também dizem que, com a decisão pela prisão, aumenta a pressão pela instalação da CPI para investigar membros do Judiciário, a CPI da Lava Toga. (Daniel Carvalho)
Veja a lista dos presos pela operação da Lava Jato no Rio
Mandados de prisão preventiva
Michel Temer (MDB), ex-presidente
João Baptista Lima Filho (Coronel Lima), amigo de Temer e dono da Argeplan
Moreira Franco (MDB), ex-ministro de Minas e Energia
Maria Rita Fratezi, mulher do Coronel Lima
Carlos Alberto Costa, sócio do Coronel Lima
Carlos Alberto Costa Filho, filho de Carlos Alberto Costa e diretor da Argeplan
Vanderlei de Natale, dono da empreiteira Construbase
Carlos Alberto Montenegro Gallo, dono da CG Consultoria
Mandados de prisão temporária
Rodrigo Castro Alves Neves, sócio-administrador da EPS, empresa
de engenharia e serviços
Carlos Jorge Zimmermann, procurador e administrador da consultoria AF Consult
Alvos de busca e apreensão
Maristela Temer, filha do ex-presidente
Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear
Ana Cristina da Silva Toniolo, filha de Othon
Nara de Deus Vieira, ex-chefe de gabinete de Temer
(Ana Luiza Albuquerque)
‘É uma barbaridade’, disse Temer a jornalista sobre prisão
O ex-presidente Michel Temer (MDB) disse se tratar de “uma barbaridade” o cumprimento do mandado de prisão expedido contra ele pelo juiz federal Marcelo Bretas, da força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (21).
Credito:Reprodução/TV Globo | ||
O ex-presidente Michel Temer é conduzido por policiais até o carro em frente a sua casa em São Paulo na manhã desta quinta-feira (21) |
Moreira Franco foi interceptado por agentes da PF em avenida do Rio
O ex-ministro Moreira Franco (MDB-RJ) foi interceptado no meio de uma avenida do Rio de Janeiro. Ele falava ao telefone, a bordo de um Volvo, quando foi detido por agentes da Polícia Federal, conforme mostrou uma equipe da Record.
Com a prisão de Moreira, que é sogro do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o Rio de Janeiro computa a prisão de cinco chefes do Executivo estadual desde a redemocratização.
Todos os governadores eleitos no Rio desde 1998 foram presos a certa altura, por diferentes operações: Luiz Fernando Pezão, Sérgio Cabral (que ainda estão detidos) e o casal Anthony e Rosinha Garotinho (por ações sem relação com a Lava Jato, mas com a Justiça eleitoral). Moreira Franco governou o estado de 1987 a 1991. (Anna Virginia Balloussier)
Oposição questiona momento de prisão de Temer e diz que motivação é política
Líderes da oposição na Câmara questionaram o momento escolhido para a prisão do ex-presidente Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco, ambos do MDB.
“Nós defendemos o tempo todo o ‘fora Temer’, ele apoiou golpe, e eu acho que tem que ser feita justiça, mantido o devido processo legal”, afirmou o líder do PSOL, Ivan Valente (SP).
“Mas a coincidência da crise do governo Bolsonaro, com a briga do ministro Sergio Moro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a necessidade de esconder o laranjal do PSL, e na nossa opinião a necessidade de levantar a Lava Jato, é estranho que tudo isso tenha acontecido de repente.”
Para o líder do PT, é preciso que o juiz Marcelo Bretas fundamente a prisão do ex-presidente e de Moreira Franco. “Se não houver justificativa, ele vai alimentar especulação de que é uma retaliação”, afirmou Paulo Pimenta (RS). “Eu espero que existam motivos jurídicos, porque se não existir e for mais uma operação com motivos políticos, vai ter consequências”, afirmou ele.
Nesta quarta-feira (20), Rodrigo Maia (DEM-RJ) ironizou o ministro da Justiça, Sergio Moro, que chamou de “funcionário de Bolsonaro”. O presidente da Câmara é genro de Moreira Franco, preso nesta quinta.
Já o líder da oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), comemorou a prisão. “Por duas vezes, tentamos, na Câmara, que Michel Temer respondesse por seus delitos durante o exercício da Presidência da República, mas ele usou a força de seu cargo para impedir que essas denúncias avançassem. Felizmente, agora ele começa a responder perante a Justiça”, afirmou. (Angela Boldrini)
PF cumpre 10 mandados de prisão e 26 de busca
Na operação desta quinta-feira (21), que prendeu o ex-presidente Michel Temer (MDB) e o ex-ministro Moreira Franco, a Polícia Federal cumpre oito mandados de prisão preventiva e dois mandados de prisão temporária, além de 26 mandados de busca e apreensão.
A operação foi batizada de Descontaminação e as ações ocorrem no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e no DF.
Segundo nota da PF, “a investigação decorre de elementos colhidos nas Operações Radioatividade, Pripyat e Irmandade deflagradas pela PF anteriormente e, notadamente, em razão de colaboração premiada firmada pela Polícia Federal”.
Haverá uma entrevista sobre o caso mais tarde, às 16h, no Rio. (Camila Mattoso)
Minutos antes da prisão, Temer perguntou por que ‘havia tanto jornalista’ na porta de sua casa
Minutos antes de ser preso, o ex-presidente Michel Temer ligou para um assessor de sua confiança e perguntou se ele sabia o motivo de ter “tantos jornalistas na porta da minha casa”.
Nenhuma surpresa. Isso é um fato previsto, diz petista
O senador Paulo Paim (PT-RS) disse que a prisão do ex-presidente Michel Temer não traz nenhum surpresa.
“Isso é um fato previsto por todos aqueles que estão na vida pública. Quando afastam a Dilma [Rousseff, alvo de impeachment em 2016] e quiseram chegar ao poder da forma que chegaram, a gente tem um efeito dominó. A vida é assim. Inúmeras denúncias surgiram. O efeito dominó que atingiu tantos outros, ele, sem foro privilegiado, seria também atingido”, afirmou ao saber da prisão.
Paim disse que o impeachment de Dilma e as prisões dos ex-presidentes Lula e Temer são ruins para a imagem do Brasil e que o episódio desta manhã contribui para a criminalização da política.
“Avança muito esta questão, mas, doa a quem doer, as investigações são feitas. Inocente, inocente. Culpado, culpado”, afirmou. (Daniel Carvalho)
Chefe da PF antecipou volta dos EUA por causa de prisão de Temer
O diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, antecipou sua volta dos EUA por causa da operação deflagrada nesta quinta-feira (21), que prendeu o ex-presidente Michel Temer e o ex-ministro Moreira Franco.
Valeixo foi para Washington no fim de semana passado, acompanhando a comitiva do presidente Jair Bolsonaro.
O diretor-geral da PF já estava no seu gabinete nesta manhã, quando as prisões foram feitas. Ele foi informado que a operação seria deflagrada e antecipou a volta, prevista para sábado.
O diretor da Dicor (Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado), Igor Romário de Paula, também voltou antes. (Camila Mattoso)
Entenda todas as suspeitas que pesam contra o ex-presidente Michel Temer
Michel Temer é alvo de diversas investigações envolvendo desvios de recursos públicos, mas, segundo a Folha apurou, a detenção está relacionada à delação de executivo da empreteira Engevix, que envolveria propina para campanha eleitoral do ex-presidente.
Igor Gielow: Prisão de Temer é melhor notícia para Bolsonaro em tempos
A prisão do ex-presidente Michel Temer, ainda que fosse considerada uma questão de tempo por pessoas próximas da investigação contra o emedebista, caiu como um presente político para seu sucessor, Jair Bolsonaro (PSL). Não só ele: a ação da Lava Jato ocorre em um momento de extrema fragilidade do ex-juiz que simbolizava a operação, o hoje ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública).
Aliados de Temer temiam prisão e viam o ex-presidente como troféu a ser conquistado
A cúpula do MDB vinha manifestando em conversas privadas uma preocupação com a situação jurídica do ex-presidente Michel Temer, por entender que ele seria visto como uma espécie de “troféu” a ser conquistado pela narrativa de combate à corrupção.
Clóvis Rossi: Não sobra um presidente sem pecado
Dos 8 presidentes que assumiram pós-1985, 2 estão presos e 2 foram afastados.
Temer é o segundo presidente da história do Brasil detido por investigação penal
Michel Temer, 78, é a segunda pessoa a ocupar a cadeira de presidente da República a ser detida após investigação na esfera penal. Luiz Inácio Lula da Silva foi o primeiro, após ser condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro. ​
Na história republicana, só tiveram a cadeia como destino mandatários ou ex-mandatários suspeitos ou acusados de crimes políticos, em meio a crises e golpes.
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GESTÃO BOCALOM
Vídeo mostra briga entre vereadores, motivada por pedido de R$ 340 milhões de Bocalom
PUBLICADO
1 ano atrásem
27 de outubro de 2023O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, enviou por duas vezes à Câmara de Vereadores de Rio Branco, pedidos de empréstimo de R$ 340 milhões junto ao Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal.
O pedido de Bocalom foi duramente criticado e derrotado por unanimidade.
O vereador Fábio Araújo já havia adiantado que o pedido de empréstimo do Poder Executivo orçado em R$ 340 milhões poderia chegar a R$ 590 milhões aos cofres públicos – um aumento de R$ 250 milhões, cerca de 73,5%
A rejeição ao PLC foi tamanha que a rejeição foi unânime, sendo esta um das maiores derrotas políticas do prefeito Tião Bocalom em seu mandato. Durante o dia, os vereadores trataram cobre diversas negociações, todas sem sucesso pelo líder da prefeitura e membros da gestão. Em meio a votação nominal, até o líder da prefeitura, vereador João Marcos Luz votou pela rejeição do pedido de empréstimo do chefe do executivo municipal.
Entre as razões pela rejeição da matéria estão os altos juros frente às instituições bancárias, além do tempo para efetuar o pagamento, cerca de 21 anos em um dos projetos.
O vereador João Marcos Luz, que representa Bocalom na Casa, foi duramente criticado por vários vereadores. O vídeo da Sessão Plenária da Câmara Municipal de Rio Branco desta quinta-feira (26/10/2023), mostra que o polêmico projeto de empréstimo gerou intrigas, acusações, insinuações e ofensas diretas entre alguns vereadores, veja o vídeo:
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ACRE
Após empréstimo ser rejeitado, N Lima pede que Bocalom exonere Valtim José da Casa Civil
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1 ano atrásem
27 de outubro de 2023Logo após a esmagadora votação que rejeitou o PLC que solicita empréstimo de R$ 340 milhões ao Poder Executivo, o vereador N Lima (PP) usou a tribuna da Câmara Municipal para pedir ao prefeito Tião Bocalom que demita ne o chefe da Casa Civil, Valtim José.
Além de pedir a saída de Valtim, Lima também solicitou que Bocalom repense sobre as demissões de indicados de Lene Petecão e Ismael Machado. “Que ele repense suas decisões truculentas pelos seus secretários. Eu peço a demissão de Valtim”, desabafou.
O capitão alegou que a razão pelo pedido de saída da gestão de Valtim é por conta da falta de respeito do gestor. “Ele trata não só nós com desrespeito, mais a reclamação é na cidade toda”, afirmou.
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CURIOSIDADES
VÍDEO: Após assumir trisal e perder farda, Erisson Nery vai se lançar como “marido de aluguel”
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1 ano atrásem
25 de outubro de 2023Depois de ter revogada a prisão preventiva que cumpria desde novembro de 2021, pela tentativa de homicídio contra um estudante, em Epitaciolândia, caso que ganhou enorme repercussão em razão da notoriedade que já possuía por conta do famoso “trisal acreano” cuja rotina era divulgada pelas redes sociais, o ex-sargento Erisson Nery apareceu em uma nova campanha.
Em vídeo do Instagram, ele pede ajuda financeira dos seguidores para adquirir ferramentas e materiais de trabalho. Ele pretende se lançar como “marido de aluguel”, profissional responsável por serviços de manutenção doméstica como parte elétrica, hidráulica, limpeza de ar-condicionado e reparos em geral.
“Olá, meus queridos e minhas queridas, nesse momento eu preciso da demonstração de carinho e do apreço de vocês através dessa campanha. Estou na luta, me refazendo, sem lamúrias, sem reclamações. Então, quem quiser e puder participar, o link está aqui no vídeo e na minha bio. Desde já, eu agradeço a todos que participarem. Valeu”, diz Nery.
A meta da campanha de Nery é arrecadar R$ 10 mil. Até o fim da tarde desta terça-feira, 24, cinco pessoas haviam contribuído, totalizando R$ 160,00.
Nery está em liberdade provisória, sob medidas cautelares, desde o último dia 24 de agosto. Mais recentemente, ele teve negado pedido de sua defesa para que não seja levado a júri popular, conforme determinou a Justiça acreana.
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