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USP quer impor novas regras ao ciclismo esportivo – 16/03/2025 – Ciclocosmo

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20 horas atrásem

Caio Guatelli
Se ciclismo fosse respeitado no Brasil, o campus Butantã da USP seria o maior centro de treinamento do país. Estrutura não falta, tem até velódromo —único na cidade de São Paulo.
Infelizmente, dá para dizer que o velódromo da USP é o reflexo do ciclismo brasileiro: um monumento abandonado, corroído, usurpado, depenado, desprezado.
Não bastasse a decadência e interdição da pista, a administração da USP já tentou banir o ciclismo em todo o campus diversas vezes.
A primeira foi em abril de 2005, quando a Prefeitura do Campus vetou a circulação de ciclistas esportivos nos 60 km de ruas da Cidade Universitária —um oásis de segurança viária, localizado no meio do bairro Butantã, zona oeste da capital paulista.
A medida foi revogada no mês seguinte, após dois ciclistas morrerem atropelados enquanto treinavam em rodovias.
Em 2010, a universidade impôs o cadastramento obrigatório, com limitações de horário e local para treinamento.
Em 2011, ciclistas foram alvo de armadilhas feitas com pregos e tachinhas nas ruas do campus. Na época, a Folha publicou uma enquete após a Prefeitura do Campus voltar a falar em proibição. Com o título “Tachinha neles“, a editoria Cotidiano fez uma pergunta: “Você acha que esse tipo de treinamento deve ser proibido no local?” Dos 4.042 votos, 2.436 (60%) votaram não.
Em 2019, as restrições foram ampliadas. As novas regras valem até hoje. Ciclismo esportivo no campus Butantã só pode às terças, quintas e sábados, das 4h30 às 6h30.
Não precisa ter QI de politécnico para saber que não é seguro pedalar de madrugada em São Paulo. Quem inventou essa regra certamente não gosta de bicicleta e, provavelmente, costuma ir trabalhar no campus de carro.
Nas restrições de 2019 também foram impostas proibições a treinos em grupos com mais de quatro ciclistas e à circulação na rua do Matão, a via mais íngreme da Cidade Universitária. Trocando em miúdos, é a mesma coisa que proibir bola em jogo de futebol.
Agora a USP convoca uma audiência pública para “regular o ciclismo no campus Butantã”. Será nesta segunda (17), às 17h30, na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (dentro do campus Butantã).
O comunicado diz que pretende construir soluções para todos e dá a entender que os problemas de segurança viária do campus são causados pelos ciclistas esportivos.
Sim, há ciclista perigoso que não respeita as regras de trânsito —tal qual motorista. Mas quem paga o pato?
Falta isonomia porque vivemos num modelo urbano que historicamente privilegia a ocupação dos espaços pelos carros. A USP, através da administração da Cidade Universitária, vergonhosamente tem replicado esse modelo. Quantos professores lecionam no campus Butantã? Desses, quantos vão trabalhar de carro? Quantos vão de ônibus? Quantos vão de bicicleta?
Mesmo com os melhores urbanistas do país, o que mais se vê por lá são carros e vagas para carros. Bicicleta e ônibus são, de longe, a minoria.
Restringir o ciclismo esportivo só piora essa situação. Qualquer vertente do ciclismo, seja de esporte, lazer ou transporte, só ajuda a difundir a paixão pela bicicleta e a ocupar a cidade com o veículo mais sustentável já inventado.
No templo da ciência, em tempos como o de hoje, encontrar soluções para expandir o uso da bicicleta deveria ser disciplina fundamental.
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Os astronautas dos EUA presos na ISS por nove meses para retornar à Terra na terça -feira, diz a NASA | Espaço

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7 minutos atrásem
16 de março de 2025
Agence France-Presse
Um par de nós astronautas preso por mais de nove meses Na estação espacial internacional será devolvida à Terra na terça -feira à noite, disse a NASA.
Barry “Butch” Wilmore e Suni Williams devem ser transportados para casa com outro astronauta americano e um cosmonaut russo a bordo de uma embarcação SpaceX Crew Dragon, que Chegou à ISS no início do domingo.
A dupla encalhada está na ISS desde junho, depois que a espaçonave da Boeing Starliner que eles estavam testando em sua viagem inaugurada sofreu problemas de propulsão e foi considerado impróprio para levá -los de volta à Terra.
A NASA disse em comunicado no domingo à noite que havia mudado o oceano previsto dos astronautas para a costa da Flórida para a frente para aproximadamente 17:57 na terça -feira (21:57 GMT) devido às condições favoráveis previstas. Foi inicialmente previsto para a quarta -feira.
“A meta de retorno atualizada continua a permitir que os membros da tripulação da estação espacial sejam tempo para concluir as tarefas de entrega, fornecendo flexibilidade operacional antes das condições climáticas menos favoráveis esperadas para mais tarde na semana”, disse a agência espacial.
O astronauta da NASA Nick Hague e Roscosmos cosmonaut Aleksandr Gorbunov também retornarão na cápsula do dragão, com a jornada a ser transmitida ao vivo a partir de segunda -feira à noite, quando começar os preparativos para o fechamento da escotilha.
Para Wilmore e Williams, marcará o fim de uma provação que os viu presa por nove meses depois do que deveria ter sido uma ida e volta de um dia.
Sua estadia prolongada foi significativamente maior que a rotação padrão da ISS para astronautas de aproximadamente seis meses.
Mas é muito mais curto que o recorde espacial dos EUA de 371 dias estabelecido pelo astronauta da NASA Frank Rubio a bordo da ISS em 2023, ou o recorde mundial realizado por Cosmonaut Valeri Polyakov, que passou 437 dias contínuos a bordo da estação espacial Mir.
Ainda assim, a natureza inesperada de sua prolongada fica longe de suas famílias – eles tiveram que receber roupas adicionais e itens de cuidados pessoais porque não tinham embalado o suficiente – ganhou interesse e simpatia.
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Cinco anos depois, o tempo para a conta econômica

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11 minutos atrásem
16 de março de 2025

Em 16 de março de 2020 às 20h, exatamente cinco anos atrás, Emmanuel Macron anunciou o confinamento da população francesa. Dois dias depois, pouco antes da meia -noite, o Banco Central Europeu abriu as válvulas do crédito amplo, anunciando urgentemente um plano de intervenção de 750 bilhões de euros (que finalmente subirão para 1.700 bilhões de euros). A hora do dinheiro gratuito havia chegado. Os governos foram capazes de emprestar como nunca antes, a taxas de juros em torno de zero, para pagar pelo esforço de saúde, os salários das pessoas forçadas a ficar em casa, levar empréstimos de emergência para as empresas … grande parte do planeta, incluindo toda a Europa e os Estados Unidos, prosseguiu exatamente.
Esse duplo efeito – intervenção maciça do banco central e dívida histórica dos estados – tornou possível manter as economias à tona. Economicamente, era uma experiência de tamanho de vida, praticamente sem precedentes. “Foi um caso de recuperação escolar por monetização, Explica Gilles Moëc, economista -chefe da AXA. Era absolutamente necessário fazê -lo, caso contrário, teria sido um desastre econômico, além de ser um desastre em saúde, mas tudo isso tem um custo. »» Vôo da dívida pública, impulso violento da inflação, fragmentação do comércio internacional … A fatura tem sido significativa e está longe de ser totalmente paga.
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Lemann, Setubal e Marinho doam milhões à Gerando Falcões – 17/03/2025 – Mercado

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23 minutos atrásem
16 de março de 2025
Júlia Moura
A ONG Gerando Falcões inaugura nesta segunda-feira (17) um fundo filantrópico para reforçar o financiamento de seus projetos sociais, chamado Fundo Dignidade. O fundo de investimentos, com foco em renda fixa, será gerido pela Associação de Apoiadores do Instituto Gerando Falcão, e 10% do seu patrimônio irá reforçar o orçamento da ONG todo ano.
O doador âncora da iniciativa é a Fundação Lemman, da família do empresário Jorge Paulo Lemann, acionista majoritário da Americanas. Já foram R$ 50 milhões depositados e virão mais R$ 50 milhões em 2026.
Em contratos assinados, outros R$ 25 milhões estão garantidos. Entre os doadores estão Olavo Setubal Jr, Bruno Setubal e Alfredo Villela (Itaú), a Família Marinho (Grupo Globo), Olímpio Matarazzo (Patria Investimentos), o casal Gabrielle Zitelmann e José Zitelmann (ex-BTG e co-fundador do Absoluto Partners), Denise Aguiar (Bradesco) e Guilherme Benchimol (XP).
A meta é conseguir mais R$ 125 milhões até 2026, totalizando R$ 250 milhões, diz Edu Lyra, fundador da Gerando Falcões. “Estou passando chapéu para ajudar o Brasil.”
Folha Mercado
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Os aportes iniciais são de R$ 3,5 milhões, que podem ser pagos em anos, de acordo com a preferência do doador.
Os recursos serão distribuídos em projetos da ONG, como a Falcons University, de mentoria e capacitação, o Favela 3D, de revitalização de Favelas, e Asmara, na qual mulheres são treinadas para serem vendedoras se recebem um kit inicial de 80 peças de vestuário para começarem o próprio negócio.
Para tomar as decisões de investimento do fundo, há um conselho de administração formado por Denis Mizne (CEO da Fundação Lemann), Silvio Genesini (ex-presidente do Grupo Estado da Oracle Brasil), Paula Bellizia (presidente da AWS na América Latina), Bruno Setubal e Fabio Kapitanovas (diretor da Stone).
“A filantropia é um instrumento muito importante para corrigirmos as injustiças no Brasil. Precisamos aquecer a agenda filantrópica, ter uma elite engajada do ponto de vista de doação”, afirma Lyra.
O fundador da ONG conta que está há apenas um mês e meio apresentando o fundo para potenciais doadores.
“O teto sempre é dinheiro. ‘Por que você não faz mais?’ Porque não tem dinheiro. Então, estou tentando destravar recursos para fazermos mais nas favelas. Estou tendo uma série de conversas com famílias, empresários e indivíduos que detêm uma grande fortuna, e também fundações brasileiras, para contar a eles a nossa missão, as nossas metas e o que estamos fazendo e o que vamos fazer nos próximos dez anos”, diz Lyra.
Segundo a Gerando Falcões, suas iniciativas já beneficiaram cerca de 5.500 favelas em todo o Brasil, com impacto a mais de 780 mil pessoas.
O Censo do IBGE de 2022 indica que o país tem 12.348 favelas e comunidades urbanas, em que vivem mais de 16 milhões de pessoas, o equivalente a 8% da população. Em 2010, eram 6.329 favelas e comunidades urbanas e uma população de 11,4 milhões de pessoas.
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