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Veja 13 livros sobre gastronomia para presentear no Natal – 18/12/2024 – Comida
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Flávia G. Pinho
Substanciosa, a fornada de livros gastronômicos de 2024 comprova que ainda há espaço para edições impressas. Para Luís Américo Tousi Botelho, diretor da editora Senac-SP, a exaustão digital contribui para a resistência do papel.
“Os livros oferecem uma pausa das telas e permitem fazer uma imersão tranquila na leitura, um momento de relaxamento”, afirma Botelho.
O fim do ano é um dos momentos mais festejados pelas editoras —segundo Botelho, 34% dos livros de gastronomia que a Senac-SP vendeu, em 2024, foram adquiridos no último trimestre. “Livros impressos geram conexão emocional e estética, são considerados presentes e não dependem de nada para serem apreciados.”
A seleção a seguir contempla diversos estilos —dos livros de receitas, para quem gosta de botar a mão na massa, às crônicas e teorias sobre a cultura alimentar. Alguns vêm com recomendações de chefs.
Cadernos de Receitas – Memórias Afetivas
“O livro de Rosa Belluzzo e Betty Loeb Greiber conta sobre a formação da personalidade da cozinha brasileira por meio de cadernos de receitas de imigrantes”, diz Fellipe Zanuto, chef do restaurante Hospedaria. Para fazer o livro, as autoras entrevistaram famílias que ainda guardam, seja pela escrita ou oralidade, o preparo de pratos antigos.
Editora Unesp, 192 págs., R$ 114
O Caldeirão da Velha Chica e Outras Histórias Brasileiras
Por 15 anos, o jornalista Alexandre Staut visitou aldeias indígenas, comunidades quilombolas e pequenos povoados do país, documentando relatos orais sobre as origens da alimentação popular brasileira. Nas páginas, ele emprega técnicas de jornalismo literário, em que mescla relatos de viagens, observações antropológicas e ficção científica.
Folhas de Relva Edições, 284 págs., R$ 69,90
Comida Comum
Nutricionista, cozinheira e cronista, a autora usa suas histórias pessoais como fio condutor para escrever sobre cultura e diversidade alimentar e a experiência de colher pancs em São Paulo. “Neide Rigo traz textos sobre histórias humanas ao redor da mesa. É a forma mais eficaz de falar sobre temas como conservação ambiental e biodiversidade”, diz Bel Coelho, chef do Cuia.
Ubu Editora, 192 págs., R$ 59,90
Conservas do Meu Brasil 2: Mais Técnicas e Receitas
Nove anos após o lançamento de “Conservas do Meu Brasil: Compotas, Geleias e Antepastos”, Gil Gondim se junta ao chef Danilo Rolim nesta continuação. A dupla reúne informações e receitas para ensinar o preparo de picles, charcutaria, geleias e bebidas.
Editora Senac-SP, 162 págs., R$ 120
Ervas e Especiarias: Como Deixar a Comida Mais Saborosa
O novo livro da apresentadora Rita Lobo mostra como trocar os cubinhos e sachês ultraprocessados por temperos naturais de forma descomplicada. Além de 50 receitas para ampliar o repertório gastronômico do leitor, inclui glossário com a origem e sugestões de combinações de cada um dos temperos mencionados.
Editora Senac-SP, 168 págs., R$ 99
Fogo Verde – Técnicas de Mestre para um Churrasco à Base de Plantas e Vegetais
O chef argentino Francis Mallmann, referência mundial quando o assunto é churrasco, dedica esse novo livro aos legumes, verduras e frutas. A coletânea de receitas inclui até sobremesas e drinques preparados na brasa.
Companhia de Mesa, 312 págs., R$ 199,90
Gente Ultraprocessada
Ao duvidar do impacto dos ultraprocessados na saúde, uma teoria defendida pelo médico e pesquisador brasileiro Carlos Monteiro, o autor decide se alimentar exclusivamente destes produtos por algumas semanas —e compartilha o resultado da experiência com o público. Quem assina a publicação é Chris van Tulleke, professor da University College de Londres.
Editora Elefante, 490 págs., R$ 64,90
A História da Cerveja no Brasil – O Legado de Stupakoff e Künning
Das bebidas fermentadas dos indígenas à industrialização do setor, passando pelo pioneirismo dos imigrantes alemães, Rogério Furtado e Henri Kistler percorrem 500 anos de história cervejeira no país.
Ateliê Editorial, 464 págs., R$ 390
Juro Que Comi – Um Inventário Afetivo Do Paladar Mundo Afora
O livro da jornalista paranaense Jussara Voss é um relato de suas memórias gastronômicas em viagens por 16 países. No texto, ela compartilha as experiências vividas em viagens e inúmeras refeições. Reflete sobre o prazer universal de comer, ainda que seja diferente em cada cultura, região ou classe social.
Editora Telaranha, 264 págs., R$ 88
Nossos Almoços de Família
Liane Ralston Bielawski, fundadora do Ráscal, e Nadia Pizzo, que responde pela cozinha da rede, assinam a publicação, com 62 receitas entre as mais emblemáticas da marca —incluindo a famosa torta de maçã, o tiramissu e o atum com crosta de gergelim.
Edição independente, 286 págs., R$ 152
Remates Culinários – Ensaios Marginais à História da Culinária Brasileira
O sociólogo Carlos Alberto Dória defende que interações que deram origem à cozinha brasileira vão além da ideia de miscigenação da cultura de diferentes povos. “Faz um raro trabalho de pesquisa sobre alimentação. Desconstrói o que se entende por cozinha brasileira, esse fruto da colagem das heranças europeia, indígena e africana”, diz Helena Rizzo, do Maní.
Editora Tapioca, 240 págs., R$ 74
Sons e Sabores
Dois baianos, Morena Leite e Moreno Veloso, combinam suas expertises. A chef publica 40 receitas divididas pelos temas mar, montanha, floresta, Cerrado e sertão, enquanto o músico lista canções que compõem os “pilares sonoros” da seleção de pratos. Um QR-Code dá acesso à playlist com arranjos exclusivos
Editora Senac Rio, 144 págs., R$ 180
Tá no forno! – Receitas da chef Carla Pernambuco
Fundadora do restaurante Carlota, na capital paulista, a chef compila 65 de suas mais famosas receitas na publicação, todas preparadas no forno, incluindo molhos e sobremesas
Editora Senac-SP, 154 págs., R$ 90
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IFI considera adequado o atual nível de reservas de dólar – 18/12/2024 – Mercado
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18 de dezembro de 2024 Júlia Moura
A Instituição Fiscal Independente, do Senado Federal, considera adequado o atual nível de reservas internacionais do Brasil, apesar da piora no quadro econômico. Segundo o órgão, os US$ 372 bilhões tidos pelo país em setembros não estão nem acima, nem abaixo do ideal, do ponto de vista preventivo, de modo a minimizar os riscos externos aos quais os países estão expostos.
Tais indicadores são utilizados em conjunto para avaliar a situação de um país, já que não há uma métrica consensual de uso internacional para qualificar os níveis das reservas internacionais.
Entre os indicadores mais importantes para a avaliação, segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional), estão o balanço de pagamentos, a dívida externa, a alta na taxa de câmbio e a volatilidade do fluxo de capital.
Considerando estes aspectos, as atuais reservas do Brasil estão com magnitude suficiente para garantir 12 meses de importação; com capacidades 70% maior que a necessária para garantir o pagamento da dívida externa de curto prazo; e 10% aquém da necessária para fazer frente ao risco de fuga de capitais por iniciativa de brasileiros, aponta relatório elaborado pelo economista do IFI, Alessandro Casalecchi.
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O FMI tem um indicador próprio que inclui esses riscos e considera adequadas as reservas que representem entre 100% e 150% desses requisitos. Atualmente Brasil está com 140%. Em junho de 2019, estava a 159,6%.
“O país alcançou os 100% já desde o início de 2007, enquanto os 150% foram alcançados no fim de 2011. Ocorre que esse ano foi o último do período em que se deu o expressivo acúmulo de reservas. O país quase nunca chegou a se distanciar dos 150% nos anos seguintes”, diz relatório anterior do IFI.
Mesmo com a queda nominal das reservas entre 2019 e 2023, elas seguiram adequadas, dada a queda no PIB (Produto Interno Bruto), principalmente em decorrência da pandemia Covid-19.
O IFI também faz uma comparação mais detalhada com seu primeiro estudo, de 2017, que aponta queda no queda no estoque de reservas, mas alta nos indicadores de nível adequado.
“Tal fato significa que, em 2024, as reservas internacionais estão mais próximas de seu nível adequado do que estavam em 2017”, conclui Casalecchi.
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CCJ do Senado aprova custeio de habilitação para pessoa de baixa renda
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18 de dezembro de 2024 Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil
Avançou, no Senado, o Projeto de Lei (PL) 3.965/2021, que, quando sancionado, possibilitará o uso de valores arrecadados por meio de multas de trânsito para custear a carteira de habilitação de pessoas de baixa renda, inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal.
A proposta foi aprovada nesta quarta-feira (18) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e segue a plenário. Como a matéria sofreu alterações durante a tramitação no Senado, retornará à casa de origem (Câmara dos Deputados) após sua aprovação.
Entre as mudanças está a exigência de exame toxicológico para a renovação da habilitação de todas categorias de motoristas profissionais – inclusive aqueles que trabalham em empresas de transporte individual.
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A proposta de fusão da Nissan com a Honda pode ser a melhor resposta ao problema dos veículos elétricos da indústria | Nils Pratley
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18 de dezembro de 2024 Nils Pratley
VocêAté recentemente, o plano da Nissan, atingida pela crise, era avançar de alguma forma. Cerca de 9.000 perdas de empregos foram anunciados no mês passado de uma força de trabalho global de 130.000. A capacidade de produção foi reduzida em 20%. Houve alguns murmúrios sobre a procura de um novo investidor âncora porque a problemática aliança de 25 anos com a Renault de França estava a encaminhar-se para um beco sem saída. Nada disso parecia ser uma resposta suficientemente radical a uma auto-descrita “situação grave” e a uma queda no valor do mercado de ações da Nissan para uns aplaudidos 8 mil milhões de dólares (6,3 mil milhões de libras).
Parece que sua administração agora concorda. O novo jogo é conversa com a Honda sobre uma fusão completao que provavelmente deveria ser visto como uma aquisição, visto que o futuro parceiro vale quatro vezes mais. De qualquer forma, o potencial acordo parece mais um plano credível: a consolidação total cria a possibilidade de cortes de custos muito mais profundos naquela que seria a terceira maior empresa automóvel do mundo, produzindo 8 milhões de veículos por ano, se a Mitsubishi (onde a Nissan é um grande accionista) também jogado na mistura.
A necessidade do radicalismo pode ser explicada numa palavra: China. A ascensão implacável dos fabricantes de automóveis eléctricos chineses, com a BYD na vanguarda, devastou a indústria automóvel global, como até os outrora poderosos nomes da Alemanha podem testemunhar. Nissan não ficou inteiramente nos blocos EV, já que tinha o pioneiro Leaf, mas não conseguiu acompanhar esse sucesso inicial nem prever a popularidade dos híbridos. O resultado é uma empresa que perde vendas nos seus principais mercados, os EUA, a China e o próprio Japão, e está a caminho de um colapso nos lucros este ano.
O Japão pode consolar-se com o facto de ainda ter a Toyota, líder mundial na produção de automóveis e beneficiária da tendência híbrida nos EUA. Mas uma combinação Honda-Nissan seria uma demonstração vívida de como a indústria automobilística do país foi superada pelos subsídios estatais chineses na era dos VEs. A China domina as cadeias de fornecimento de baterias – mesmo aquelas que vão para as instalações de bom desempenho da Nissan em Sunderland, no Reino Unido são produzidos ao lado por uma empresa chinesa, AESC. A redução de custos é um fraco substituto para a inovação, mas, em teoria, ganha algum tempo para tentar voltar à corrida dos EV.
Não está claro como os acordos da Renault poderiam ser desfeitos de forma limpa – há uma participação cruzada de 15% mais a participação extra dos franceses na Nissan através de um trust. Mas o apetite pela aliança diminuiu em ambos os lados desde que Carlos Ghosn, presidente de ambas as empresas, fugiu para Beirute em 2018. A Honda e a Nissan já se aproximaram, por exemplo, assinando uma parceria em componentes e software no início deste ano. Uma fusão seria um empurrão maior na mesma direção.
Também se ajustaria à forma como outros procuram abrigo contra a tempestade de veículos eléctricos de inspiração chinesa, além da complicada ameaça de tarifas sob a administração Trump nos EUA. “Este é outro sinal do que acreditamos ser uma consolidação e/ou eficiência de capital muito necessária para a indústria permanecer competitiva em uma indústria em rápida mudança”, disseram os analistas do UBS. A maioria dos outros casos foram empates, como Investimento da Volkswagen de até US$ 5 bilhões na Riviana montadora de carros elétricos apoiada pela Amazon, mas a direção está definida. Todo mundo está procurando respostas para a ameaça automotiva chinesa.
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