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Viva, novo primeiro-ministro: o nome do sucessor de Michel Barnier não será conhecido esta noite
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Emmanuel Macron declarou na tarde de terça-feira que nomearia o novo primeiro-ministro “dentro de quarenta e oito horas”. Na quinta-feira, o chefe de Estado deve deslocar-se à Polónia ao final da manhã, antes de regressar a França ao final da tarde.
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Palestinos denunciam ataque ‘bárbaro’ de Israel a Nuseirat que matou dezenas | Notícias de Gaza
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12 de dezembro de 2024As autoridades palestinianas afirmaram que pelo menos 33 pessoas foram mortas num ataque israelita ao campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza, enquanto Israel continua a conduzir devastador ataques em toda a faixa.
O Gabinete de Comunicação Social do Governo em Gaza classificou o ataque de quinta-feira como um “massacre bárbaro e hediondo”, observando que a maioria dos mortos pertencia à família al-Sheikh Ali.
“O exército de ocupação (israelense) sabia que este é um bloco residencial com muitos prédios de apartamentos que abrigam dezenas de civis, crianças, mulheres e pessoas deslocadas”, disse o escritório.
Médicos disseram à agência de notícias Reuters que o fogo israelense atingiu uma agência dos correios em Nuseirat que abrigava famílias palestinas deslocadas, bem como casas próximas.
Fotografias do local mostram crianças cobertas de poeira e sangue nos escombros de um prédio desabado. A Reuters informou que cerca de 50 pessoas ficaram feridas no ataque mortal, além de 30 ou mais mortos.
Em Gaza, não é incomum que ataques aéreos matem numerosos membros da mesma família, à medida que a guerra de Israel continua pelo segundo ano.
Em Outubro de 2024, aniversário de um ano da guerra, os ataques israelitas tinham exterminado pelo menos 902 famílias inteiras na Faixa, de acordo com o Gabinete de Comunicação Social do Governo em Gaza.
Durante a guerra, as instalações e edifícios que abrigavam famílias deslocadas foram atacados pelas forças israelitas, que muitas vezes afirmam, com poucas provas, que estão a ser usados como centros de operações do grupo armado palestiniano Hamas. As autoridades israelenses ainda não comentaram o ataque de quinta-feira em Nuseirat.
Instalações de saúde, jornalistase trabalhadores humanitários também relataram ter sido alvo persistente das forças israelenses desde o início dos combates em outubro de 2023, quando o Hamas lançou uma campanha ataque mortal no sul de Israel, que matou cerca de 1.100 pessoas, a maioria delas civis.
Desde então, os ataques israelitas mataram mais de 44.800 palestinianos em Gaza, mais de metade dos quais mulheres e crianças.
Na quinta-feira, o grupo de vigilância Airwars, que avalia os danos civis causados por ataques aéreos, divulgou um relatório afirmando que a campanha de Israel em Gaza foi “de longe o conflito mais intenso, destrutivo e fatal para os civis” que alguma vez registou.
O relatório concluiu que, durante o primeiro mês da guerra, o número de civis mortos por ataques israelitas em Gaza foi quase quatro vezes superior ao número de mortos de “qualquer conflito que a Airwars tenha documentado desde que foi estabelecido em 2014”, num período comparável. período de tempo.
Especialistas e grupos de direitos humanos também dizem que o número de mortos em Gaza é provavelmente uma grande subcontagem, com milhares de pessoas soterradas sob montanhas de escombros e os serviços de saúde da faixa. lutando para manter as operações.
O ataque de quinta-feira a Nuseirat atingiu uma área maioritariamente residencial num dos oito campos históricos de refugiados de Gaza, estabelecidos em 1948 após a expulsão forçada de palestinianos de áreas próximas, muitas vezes chamadas a Nakba ou “catástrofe”.
Foi um dos vários ataques em Gaza ao longo do dia. Num outro campo de refugiados, Jabalia, as forças israelitas dispararam contra Saeed Jouda, um médico de renome que trabalhava no Hospital Kamal Adwan, quando este se dirigia para tratar pacientes. Ele morreu como resultado.
Estima-se que 1.057 profissionais de saúde foram mortos desde o início da guerra. O Gabinete de Comunicação Social do Governo em Gaza também destacou as tensões no sistema médico do enclave nas observações de quinta-feira.
“Este último crime coincide com o plano da ocupação israelita para derrubar o sistema de saúde na Faixa de Gaza, exercendo uma pressão enorme sobre as equipas médicas”, afirmou o gabinete de comunicação social.
“Está associado a ataques contínuos a hospitais e centros médicos, colocando-os fora de serviço. Além disso, a ocupação impede a entrada de medicamentos, suprimentos e equipamentos médicos como parte do crime de genocídio.”
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Indígenas lutam por terra em risco de desertificação – 12/12/2024 – Ambiente
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12 de dezembro de 2024 Geovana Oliveira
Eduardo Vieira Cruz, 69, indígena da etnia tuxá, cresceu entre a aldeia urbana na cidade de Rodelas, no norte da Bahia, e a Ilha da Viúva, banhada pelo rio São Francisco.
Aos 8 anos, não podia frequentar as escolas da cidade, diz, porque os indígenas eram excluídos das atividades oficiais, mas sabia exatamente quando o rio ia encher para viabilizar as plantações.
O sinal eram borboletas pretas levadas pelo vento desde Minas Gerais, que voavam pela ilha por até 15 dias. “Não sei como nunca mais vi isso. Coisa linda demais.”
O céu, o rio e a terra em que vive hoje são completamente diferentes.
O clima na região onde mora está se tornando árido, devido às temperaturas cada vez mais quentes e à chuva escassa. O cultivo de alimentos só é possível com irrigação. O rio não varia de profundidade, pois foi represado para a construção de um complexo de hidrelétricas que, para funcionar, inundou a Ilha da Viúva.
O povo tuxá, que antes plantava amendoim, coco, manga, mandioca, batata, feijão e arroz na Ilha da Viúva, reivindica agora uma terra em risco de desertificação, chamada de Surubabel, ao lado das fazendas de alguns dos maiores produtores de coco da Bahia.
Hidrelétrica Luiz Gonzaga
Após a construção da hidrelétrica Luiz Gonzaga, em 1987, os tuxás perderam a ilha onde praticavam seus rituais, cultivavam alimentos e criavam animais.
A companhia Chesf os indenizou com recursos financeiros e a construção da aldeia urbana, na nova cidade de Rodelas, com a promessa de comprar uma terra para que pudessem subsistir da agricultura —o que não aconteceu.
O líder indígena Lourivaldo Tuxá, 54, diz que as terras com irrigação, disponibilizadas pela Chesf, passaram a ficar cada vez mais caras à medida que outros agricultores, não indígenas, percebiam o potencial do solo para plantação de coco. Rodelas é a maior produtora de coco da Bahia e a terceira do Brasil, segundo a pesquisa PAM (Produção Agrícola Municipal) de 2023, realizada pelo IBGE.
A Eletrobras, responsável pela Chesf, afirmou à Folha que já cumpriu todos os compromissos assumidos com os tuxás, conforme Termo de Ajustamento de Conduta com a comunidade, a Funai e o MPF (Ministério Público Federal). Os indígenas, porém, ainda sonham com uma terra para voltarem a plantar.
Eduardo hoje divide um pequeno loteamento de terra irrigada com outros indígenas da aldeia urbana, onde consegue plantar apenas o suficiente para si e para a família.
Desde a construção da hidrelétrica, as novas gerações perderam o contato com a terra, afirma a professora Tayra Tuxá, ex-diretora da escola indígena de Rodelas. “Houve um afastamento na relação. Eu não sei lidar com a terra”, diz. “E também carrego a saudade, o sofrimento, a angústia, inclusive a depressão, por aquilo que se perdeu.”
Mesmo a raiz da jurema, planta sagrada para os tuxás, não tem mais espaço para ser cultivada em território indígena. Antes dos rituais, eles pulam cercas e colhem a raiz em territórios que hoje são particulares. “Rezando para não perceberem e não estarem desmatando”, diz Tayra.
Segundo Lourivaldo, os indígenas tentam o reconhecimento da terra de Surubabel, que fica às margens do rio São Francisco, para ao menos praticarem as atividades culturais da comunidade e ficarem mais próximos da natureza, ainda que não seja possível desenvolver atividades econômicas.
“A gente chamava de ‘D’zorobabé’ [ilha protegida, na língua dzubukuá, dos tuxás]. Ela tem um valor espiritual, cultural e de identidade para nosso povo”, diz.
Retomada seca
A luta dos tuxás, porém, não acabará se a terra for reconhecida.
“A gente está pensando em um futuro que talvez não seja muito promissor na relação com o território, com toda essa mudança climática“, diz Tayra Tuxá.
“Acho que inconscientemente não queremos ver que vai ter dificuldades maiores em lidar com esse território, com essa terra que está ficando cada vez mais frágil, porque queremos ela, e vamos preparando um passo de cada vez”, afirma a professora, que diz trabalhar o assunto da crise climática com os alunos na escola.
Durante as escavações na terra de Surubabel nos anos 1980, para o enchimento do lago da hidrelétrica, foram encontrados artefatos pertencentes ao povo tuxá. Mais de 30 anos depois, a reserva ainda está em estudo de identificação, primeiro passo dos sete necessários para a demarcação.
Em 2010, cerca de cem famílias indígenas do povo tuxá ocuparam o território em um processo conhecido como retomada, diante das notícias de que a área poderia ser tombada como terra pública municipal. Em 2017, fizeram uma autodemarcação. Organizados em 11 clãs, totalizando cerca de 220 famílias, eles se revezam para manter a terra ocupada.
Na reserva, fica a praia de Surubabel, entre as dunas e o rio São Francisco, visitada por moradores das cidades do norte da Bahia e do sul de Pernambuco. O descarte inadequado do lixo e o desmatamento são questões com as quais os indígenas tentam lidar.
O local já foi chamado de “deserto de Surubabel” por causa das dunas. Quando uma árvore é removida da região, as areias se movimentam e ganham mais espaço no território.
Surubabel também fica em área de clima cada vez mais seco, conforme estudo feito pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) e pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que classificou a primeira região de clima árido do Brasil entre o norte da Bahia e o sul de Pernambuco.
Isso significa que a terra está mais suscetível à desertificação, quando o solo fica degradado e perde a qualidade e o potencial para a agricultura. “Não necessariamente está ocorrendo agora, mas pode ocorrer logo em breve”, diz Alexandre Pires, diretor de Combate à Desertificação do MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima).
A pasta reconhece apenas quatro áreas em desertificação no Brasil: Cabrobó (PE), Irauçuba (CE), Gilbués (PI) e Seridó, entre o Rio Grande do Norte e a Paraíba.
O fenômeno, porém, pode ser acelerado pelos processos de irrigação, como os usados na cultura do coco irrigado, diz Pires.
“Se você tem sistemas de monocultura, uso intensivo de água e uso de substâncias químicas, naturalmente haverá um processo muito grande de degradação do solo. Normalmente, essas empresas precisam ampliar o volume de água e de adubo disponível a cada ciclo, porque o sistema exaure as capacidades produtivas da terra”, afirma o diretor.
Apesar de não discutirem o perigo da desertificação, os tuxás percebem a diferença do clima no dia a dia. “A natureza já mudou. É difícil dizer isso, mas nós aqui desta região só existimos por causa do rio São Francisco”, afirma Eduardo. “Agora, não dá para plantar sem irrigação mesmo perto do rio, porque não tem chuva.”
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Antes, quando ainda chovia e eles tinham uma terra, conta Eduardo, as plantações eram de batata, batata-doce, feijão e macaxeira. “Eu engordava porco, cabra, tudo. Não comprava comida, vivia bem.”
A esposa, Maria Soledade Vieira, diz que, quando dorme, só sonha com a cidade antiga. “Lá era um rio muito lindo. Quando a gente vinha da Ilha da Viúva, via as cachoeirinhas. Eu mandava ele parar o barco para eu deitar. Você imagina uma vida boa dessa? Quando cheguei aqui, sentia tanta saudade que doía o peito”, conta.
Os dois são os pais da artista visual baiana Yacunã Tuxá —Yacunã significa “filha da terra”.
O projeto Excluídos do Clima é uma parceria com a Fundação Ford.
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Em Bordéus, até dez anos de prisão para “Barbeu”, “The Reaper” e o “clã Corleone”, no centro do tráfico de armas de guerra
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12 de dezembro de 2024Traficantes de armas permitem que os bairros sejam equipados com pistolas automáticas, espingardas ou mesmo Kalashnikovs? Ou jovens que “brincar de bandido” e viver suas vidas como um vídeo de rap com armas, maços de dinheiro, rivalidades viris, carros grandes e acessórios de luxo, como sugere um de seus advogados? Oito arguidos, com idades entre os 22 e os 40 anos, estão a ser julgados desde segunda-feira, 9 de dezembro, pelo Tribunal Criminal de Bordéus pelo seu alegado envolvimento no tráfico de armas e munições, incluindo algumas de guerra, e pela sua possível participação, entre março de 2022 e maio de 2023. a uma associação criminosa. Caso a acusação não fosse aceita, eles seriam condenados, quinta-feira, 12 de dezembro, a penas que variavam de doze meses a dez anos de prisão.
As informações judiciais foram alimentadas por investigações técnicas aprofundadas: sistemas de som em veículos, instalação de tags GPS, instalação em smartphones, como software malicioso, de “keylogger” ou gravador de teclas digitadas, para capturar trocas, mesmo criptografadas… “no processo, uma infinidade de mensagens, mas também fotos e vídeos anunciando este negócio”detalha o procurador-adjunto, David Arnault.
Um molde explosivo foi recolhido na caixa do réu. “Barbeu”, “The Reaper” e o “clã Corleone” recusaram veementemente o rótulo que lhes foi colocado. “Barbie”é Gratien Truchon, 22 anos, sem recursos mas com um estilo de vida caro. Ele é colocado pela polícia no centro ou mesmo à frente de uma rede de fornecimento de armas de fogo que abastece cidades de Bordeaux e Toulouse.
“Eu sou uma boca grande”
“É tudo bobagem, bobagemele garante. Sou um ladrão, um mentiroso, inventei uma vida para mim. Gosto de armas, mas não as vendo. » Exceto as… onze metralhadoras, adquiridas legalmente, a coberto de licença de tiro, pelo seu companheiro, punido com três anos de prisão suspensa. Outras formas de fornecimento elencadas pela investigação: a cumplicidade de atiradores esportivos que revendem armas e munições disfarçados, ou mesmo saques de assaltos seletivos.
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