
O Ocidente opera uma virada espiritual, garante Galen Watts, sociólogo da Universidade de Waterloo (Bélgica) e co -autor de A forma da espiritualidade (a forma de espiritualidade)trabalho de referência que ele dirigiu com seu colega Dick Houtman (Columbia University Press, 2024, não traduzido).
Segundo esses pesquisadores, aproximadamente um em cada cinco americanos pertence à categoria “Espiritual, mas não religioso” (ou SBNR, “espiritual, mas não religioso”), reivindicando uma prática espiritual sem pertencer a uma religião instituída. E o fenômeno também afeta a Europa. Em uma entrevista com MondeGalen Watts explora como ele redefine nossas sociedades em vários níveis, moldando a cultura, a política e o envolvimento do cidadão.
“A forma da espiritualidade” traz à tona nossas idéias recebidas, assimilando as novas formas de espiritualidade contemporânea com uma religião emergente. Quais são as razões que levaram a oferecer esse discurso?
Em sociologia internacional, mas também a mídia e o discurso comum, ainda predomina a idéia de que a religião é limitada ao modelo de uma igreja cristã. O que se estabeleceu seria uma forma inferior, primitiva ou supersticiosa. Mas se confiarmos nas definições da religião proposta pelo filósofo e sociólogo Emile Durkheim (1858-1917) – Uma prática coletiva que solta uma empresa – ou pelo sociólogo alemão Max Weber (1864-1920) – Um sistema de significado que oferece uma perspectiva de salvação – devemos admitir que a espiritualidade contemporânea é religiosa em muitos aspectos.
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