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A dificuldade do PT para romper com a polarização

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Matheus Leitão

 

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, avaliou em entrevista ao jornal O Globo que o partido pode praticar um suicídio político se fizer um movimento em direção ao centro do espectro político. A análise de Gleisi é, em parte, consistente. Isso porque ela rechaçou medidas que fariam o partido perder suas bases e que têm potencial de prejudicar a população de baixa renda. Por outro lado, a avaliação da dirigente é reveladora da dificuldade que o PT tem para romper com a polarização política e, sobretudo, com as práticas que obstruem os bons resultados do governo, como já abordado por esta coluna.

“Diálogo político com o centro nós tivemos na campanha e ampliamos no governo. Já tentaram matar o PT e não conseguiram. Não podem pedir agora que o PT se suicide, rompendo com a base social que nos trouxe até aqui”, disse Gleisi, que está prestes a deixar a presidência da legenda após sete anos.

Gleisi listou as medidas que iriam contra os princípios de esquerda e que, segundo ela, permitiram ao PT ter uma base social: “Acabar com o aumento real do salário-mínimo, desvincular o mínimo da aposentadoria e dos benefícios sociais, mexer nos pisos da Saúde e da Educação”. Segundo Gleisi, “o que o mercado está pedindo é negar tudo aquilo que nós defendemos historicamente”, afirmou. E disse: “Não querem fazer a votação da reforma da renda para dar isenção a quem ganha até R$ 5 mil”.

Faz sentido, de fato, que o PT queira preservar suas bases e atuar pelos menos abastados. Não faz sentido, no entanto, o partido não construir alternativas para se manter vivo fora do ambiente de polarização, que tão mal faz ao Brasil.

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O momento é de buscar a pacificação para recuperar o crescimento. Se manter vivo graças a um Fla x Flu entre esquerda e extrema direita só faz bem aos políticos que, graças a essa fórmula, conseguem manter seus mandatos. Não beneficia, no entanto, a democracia nem o sistema político brasileiro – e muito menos a população mais carente.

Após mais de 20 anos da primeira vitória de Lula, o PT ainda não conseguiu produzir outros líderes capazes de substitui-lo com a mesma liderança e representatividade. Tampouco conseguiu um modelo para construir bases institucionais fora do fisiologismo, que já resultou em tantos escândalos e entraves ao desenvolvimento nacional.

Essas são as dificuldades do PT que ficam expostas nas entrelinhas da entrevista de Gleisi.



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O apelido das assistentes do líder do PL na busca…

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O apelido das assistentes do líder do PL na busca...

Gustavo Maia

O apelido das assistentes do líder do PL na busca… | VEJA

Relâmpago: Assine Digital Completo por 2,99

As mulheres que o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, levou à Câmara e ao Aeroporto de Brasília para convencerem deputados a aderir à urgência do projeto da anistia aos condenados do 8 de Janeiro ganharam um apelido curioso entre parlamentares. Viraram as “anistietes”.

As moças usaram camisas amarelas e azuis com a frase “anistia já” e exibiam um QR code que direcionava os parlamentares para assinarem o requerimento de urgência da proposta. O número mínimo de 257 deputados foi alcançado na quinta-feira, segundo Cavalcante.

O requerimento ainda não foi apresentado, e precisaria ser pautado para votação em plenário pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) — se a solicitação for aprovada, o PL nº 5.643/2023 precisará ser incluído na agenda de prioridades da Casa.


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O que diz o chefe da Secom sobre a nova licitação…

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O que diz o chefe da Secom sobre a nova licitação...

Gustavo Maia

Sidônio Palmeira assumiu a Secom há três meses prometendo fazer uma nova licitação para contratar empresas para atuar na comunicação digital do governo Lula.

Dias antes de o publicitário baiano tomar posse no lugar de Paulo Pimenta, o ministro Aroldo Cedraz, do TCU, decidiu liberar a licitação de quase 200 milhões de reais realizada para contratar quatro empresas — seis meses depois de suspender o certame.

“Aquela não vale mais”, anunciou Palmeira, em entrevista coletiva no dia 14 de janeiro, quando também disse que o novo processo seria feito “o mais rápido possível, imediatamente”.

Com o governo ainda patinando nas pesquisas que medem a popularidade da gestão petista, as redes sociais são um dos principais terrenos da disputa política, muitas vezes pautada pela tropa bolsonarista.

Dentro da Secom, há quem diga que o mais viável tecnicamente seria assinar a licitação que está pronta, com as vencedoras já escolhidas, uma vez que a nova poderia demorar até oito meses para ser concluída, em projeções mais pessimistas. Nesse cronograma, o trabalho começaria em pleno ano eleitoral, que impõe alguns limites à comunicação oficial.

Questionado pelo Radar sobre essa demora, Sidônio negou veementemente que voltará atrás, disse que o novo certame está sob análise na consultoria jurídica da pasta e garantiu que a licitação sairá “o quanto antes”.



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Internado, Bolsonaro será transferido de Natal par…

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Internado, Bolsonaro será transferido de Natal par...

Laryssa Borges

O ex-presidente Jair Bolsonaro vai ser transferido de Natal para Brasília neste sábado, 12, em uma UTI aérea, informou o senador Rogério Marinho após visitar o capital no hospital Rio Grande, na capital potiguar, onde ele está internado desde esta sexta-feira, 11. Bolsonaro sentiu fortes dores abdominais na tarde de ontem, reflexo, segundo o ex-mandatário, de complicações decorrentes do atentado à faca que sofreu ainda nas eleições de 2018. Um dos parlamentares mais próximos do bolsonarismo, Marinho informou que um médico da equipe particular de Bolsonaro visitou o ex-presidente durante a madrugada e concluiu pela transferência para Brasília.

Ainda conforme o senador, o ex-presidente está “bem”, “lúcido”, “tranquilo” e “estabilizado.

De acordo com boletim médico divulgado na manhã deste sábado, Bolsonaro “teve uma noite tranquila, com mais de oito horas de sono, apresentando estabilidade hemodinâmica, sem necessidade de suporte com aminas vasoativas, em oxigenoterapia espontânea em ar ambiente, confortável e com bom padrão respiratório”. O quadro do ex-presidente exige, segundo a equipe médica, “hidratação venosa por meio de cateter central, em uso de nutrição parenteral, manutenção da antibioticoterapia previamente instituída, com sonda nasogástrica aberta e uso regular das demais medicações prescritas”.

Bolsonaro foi internado no hospital por volta das 11h15 de sexta-feira, 11, após passar mal na cidade de Santa Cruz (RN) e ser transferido de helicóptero para Natal. Ele foi diagnosticado com uma distensão abdominal por uma condição de semioclusão intestinal e não há previsão de alta. Segundo o boletim, o ex-presidente está em antibioticoterapia venosa, uma medida preventiva para evitar infecções bacterianas, e com sonda nasogástrica aberta, de modo que não pode se alimentar por via oral.

A transferência ocorrerá por volta das 15 horas. Em Brasília o ex-presidente ficará internado no hospital DF Star, onde, sob supervisão do médico Cláudio Birolini, do HC de São Paulo, será submetido a exames para avaliar eventuais procedimentos para a desobstrução do tráfego intestinal.



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