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Preso na Operação Mitocôndria, Alan Monteiro, paga fiança de R$ 10.450 mil, faz foto e sai da prisão sorrindo

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José Alan Carneiro Monteiro foi preso nesta quinta-feira, 09, pela manhã, em Tarauacá, durante diligências da Operação Mitocôndria, deflagrada pela Polícia Civil e Ministério Público do Acre. Segundo o Auto de Prisão em Flagrante nº. 0500041-63.2020.8.01.0014, cujo acesso é público e não tramita em segredo de justiça, o Juiz Guilherme Aparecido do Nascimento Fraga fixou a fiança em R$ 10.450,00 mil reais. Monteiro foi solto meia noite desta quinta-feira. 

A família de Alan não divulgou quem pagou a fiança de R$ 10.450,00 mil.  

José Alan Carneiro Monteiro é o chefe do setor de merenda em Tarauacá, e foi preso na Operação Mitocôndria. A operação é resultado de um esforço conjunto da Polícia Civil e Ministério Público Estadual, e apura desvio de mais de R$ 20 milhões de reais da merenda escolar do governo do estado. 

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VÍDEO: Alan Monteiro, apadrinhado de vereador Radamés Leite, é preso na Operação Mitocôndria

A Assessoria de Comunicação do Governo do Acre ainda não se manifestou se Alan será exonerado ou se permanecerá no cargo. Monteiro é apadrinhado político do vereador Radamés Leite, e do deputado estadual Manoel Morais (ambos do PSB), cujo filho consta mandado de prisão a ser cumprido nas próximas horas. Segundo o noticiário local, o empresário Cristian Sales, filho do deputado Manoel Moraes, está no interior de Rondônia incomunicável. Por isso, ainda não foi preso. 

Cristian Sales, que é do mesmo núcleo político-partidário de Monteiro, Radamés Leite, Manoel Leite e Manoel Moraes, todos do PSB, é uma das sete pessoas que tiveram bens bloqueados e prisão temporária decretada pela justiça em decorrência dos desdobramentos da Operação Mitocôndria da polícia civil. De acordo com os investigadores, apesar de incomunicável, Cristian é considerado foragido. Podendo ser preso a qualquer hora. 

Os delegados e promotores públicos afirmaram que os investigados são acusados de praticarem cartel nas licitações para compra de merenda escolar. E para piorar, os produtos alimentícios não eram entregues, na quantidade e qualidade previstas.

O esquema de corrupção envolve empresários, empresas de fachada, empresas efetivas, pessoas que atuavam como laranjas, e colaboradores lotados em diversos cargos do poder público estadual. Cada um com uma colaboração específica dentro do esquema criminoso, dizem os investigadores. 

Monteiro foi preso pelo crime de peculato, previsto no Art. 312, do Código Penal. A lei penal prevê “Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio“, cuja pena é de prisão, mínima de 2 anos e máxima de até doze anos, e multa.

Na residência de Monteiro foram encontrados vários indícios de elementos de prova, os quais foram descritos nos termos de depoimentos dos agentes de polícia civil de Tarauacá. Veja abaixo:

Na residência de Monteiro, a Polícia Civil encontrou vários itens alimentícios que, segundo os investigadores, pertenciam à merenda escolar e deveria está na Secretaria Estadual de Educação, no almoxarifado de Tarauacá. 

Em seu interrogatório na sede da Polícia Civil, Monteiro acompanhado do advogado Ribamar Feitoza Júnior, negou às acusações e sua participação no esquema da merenda escolar. Veja o interrogatório abaixo:

Diante da situação, o magistrado Guilherme Aparecido do Nascimento Fraga CONCEDEU A LIBERDADE PROVISÓRIA para o indiciado José Alan Carneiro Monteiro, mediante o pagamento da fiança no valor de 10 (dez) salários mínimos, qual seja: R$ 10.450,00 (dez mil e quatrocentos e cinquenta reais), para que responda à acusação em liberdade, mediante o cumprimento das seguintes medidas cautelares:


I – Não se ausentar da Comarca sem autorização deste Juízo;
II – Não se embriagar ou apresentar-se embriagado publicamente;
III – Não portar armas de qualquer espécie;
IV – Comunicar a este Juízo qualquer mudança de endereço;
V- Comparecer a todos os atos processuais, tudo sob pena de ser revogado o benefício ora concedido, com a expedição de mandado de prisão contra sua pessoa.

Monteiro deverá cumprir essas medidas cautelares obrigatoriamente. O Auto de Prisão em Flagrante nº. 0500041-63.2020.8.01.0014 tramita em caráter público, podendo qualquer cidadão ter acesso. 

Por Editorial do Acre.com.br

SOBRE A OPERAÇÃO

A Polícia Civil do Acre, por meio da Delegacia de Combate à Corrupção (Decor) e Departamento de Inteligência (DI), deflagrou nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira, 9, a Operação Mitocôndria que investiga desvio de recursos públicos e fraudes em licitações relacionadas à merenda escolar, em âmbito estadual. O nome da operação é uma ligação com as mitocôndrias, organelas encontradas no núcleo da célula que, devido ao alto metabolismo, consomem muita energia dos alimentos que são ingeridos.

A investigação, que durou cerca de dois meses, foi um pedido do governador Gladson Cameli, do Secretário de Educação Mauro Sérgio, além da Casa Civil, Controladoria-Geral do Estado e Procuradoria-Geral do Estado, e resultou no cumprimento de 7 mandados de prisão temporária e 20 mandados de busca e apreensão, que foram realizados nas sedes de quatro empresas na capital e também em Tarauacá e Xapuri, além dos armazéns de merenda escolar da SEE, em Rio Branco, Tarauacá, Sena Madureira e Cruzeiro do Sul.

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Minicurso para agricultores aborda qualidade e certificação de feijão — Universidade Federal do Acre

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Minicurso para agricultores aborda qualidade e certificação de feijão

O projeto Bioeconomia e Modelagem da Cadeia Produtiva dos Feijões do Vale do Juruá realizou o minicurso “Controle de Qualidade de Feijões Armazenados e Certificação de Feijão”, ministrado pelos professores Bruno Freitas, da Ufac, e Guiomar Sousa, do Instituto Federal do Acre (Ifac). As aulas ocorreram em 30 de março e 1 de abril, em Marechal Thaumaturgo (AC).

O minicurso teve como público-alvo agricultores e membros da Cooperativa Sonho de Todos (Coopersonhos), os quais conheceram informações teóricas e práticas sobre técnicas de armazenamento, parâmetros de qualidade dos grãos e processos para certificação de feijão, usados para agregar valor à produção local e ampliar o acesso a mercados diferenciados.

“Embora existam desafios significativos no processo de certificação do feijão, as oportunidades são vastas”, disse Bruno Freitas. “Ao superar essas barreiras, com apoio adequado e estratégias bem estruturadas, os produtores podem conquistar mercados internacionais, aumentar sua rentabilidade e melhorar a sustentabilidade de suas operações.” 

Guiomar Sousa também destacou a importância do minicurso para os produtores da região. “O controle de qualidade durante o armazenamento do feijão é essencial para garantir a segurança alimentar, preservar o valor nutricional e evitar perdas que comprometem a renda dos agricultores.”

O minicurso tem previsão de ser oferecido, em breve, para alunos dos cursos de Agronomia da Ufac e cursos técnicos em agropecuária e alimentos, do Ifac.

O projeto Bioeconomia e Modelagem da Cadeia Produtiva dos Feijões do Vale do Juruá é financiado pela Fapac, pelo CNPq e pelo Basa. A atividade contou com parceria da Embrapa-AC, da Coopersonhos e da Prefeitura de Marechal Thaumaturgo.

 



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Projeto oferece assistência jurídica a alunos indígenas da Ufac — Universidade Federal do Acre

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Projeto oferece assistência jurídica a alunos indígenas da Ufac — Universidade Federal do Acre

O curso de Direito e o Observatório de Direitos Humanos, da Ufac, realizam projeto de extensão para prestação de assistência jurídica ao Coletivo de Estudantes Indígenas da Ufac (CeiUfac) e a demais estudantes indígenas, por meio de discentes de Direito. O projeto, coordenado pelo professor Francisco Pereira, começou em janeiro e prossegue até novembro deste ano; o horário de atendimento é pela manhã ou à tarde. 

Para mais informações, entre em contato pelo e-mail cei.ccjsa@ufac.br.



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Ufac discute convênios na área ambiental em visita ao TCE-AC — Universidade Federal do Acre

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Ufac discute convênios na área ambiental em visita ao TCE-AC (1).jpg

A reitora da Ufac, Guida Aquino, participou de uma visita institucional ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-AC), com o objetivo de tratar dos convênios em andamento entre as duas instituições. A reunião, que ocorreu nesta sexta-feira, 11, teve como foco o fortalecimento da cooperação técnica voltada à revitalização da bacia do igarapé São Francisco e à ampliação das ações conjuntas na área ambiental.

Guida destacou que a parceria com o TCE em torno do igarapé São Francisco é uma das mais importantes já estabelecidas. “Estamos enfrentando os efeitos das mudanças climáticas e precisamos de mais intervenções no meio ambiente. Essa ação conjunta é estratégica, especialmente neste ano em que o Brasil sedia a COP-30 [30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima].”

A reitora também valorizou a atuação da presidente Dulcinéia Benício à frente do TCE. “É uma mulher que valoriza a educação e sabe que é por meio da ciência que alcançamos os objetivos importantes para o desenvolvimento do nosso Estado”, completou.

Durante o encontro, foram discutidos os termos de cooperação técnica entre o TCE e a Ufac. O objetivo é fortalecer a capacidade de resposta das instituições públicas frente às emergências ambientais na capital acreana, com o suporte técnico e científico da universidade.

Para Dulcinéia Benício, o momento marca o fortalecimento da parceria entre o tribunal e a universidade. Ela disse que a iniciativa tem gerado resultados importantes, mas que ainda há muito a ser feito. “É uma referência a ser seguida; ainda estamos no início, mas temos muito a contribuir. A universidade tem sido parceira em todos os projetos ambientais desenvolvidos pelo tribunal.”

Ela também ressaltou que a proposta vai além da contenção de enxurradas. “O projeto avança sobre aspectos sociais, ambientais e de desenvolvimento, que hoje são indispensáveis na execução das políticas públicas.”

Participaram da reunião o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid, além de professores e pesquisadores envolvidos no projeto. Pelo TCE, acompanharam a agenda os conselheiros Ronald Polanco e Naluh Gouveia.

Também estiveram presentes representantes da Secretaria de Estado de Habitação e Urbanismo, da Fundape e do governo do Estado. O professor aposentado e economista Orlando Sabino esteve presente, representando a Assembleia Legislativa do Acre.



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