NOSSAS REDES

MUNDO

STF não pode tutelar política, diz professor – 07/03/2025 – Poder

PUBLICADO

em

STF não pode tutelar política, diz professor - 07/03/2025 - Poder

Maurício Meireles

A Nova República foi fundada na construção de consensos entre elites políticas. Esse traço pode ser visto como negativo ou positivo. Por um lado, tais negociações impediram soluções definitivas para desigualdades que marcam a sociedade brasileira; por outro, também evitaram que os conflitos descambassem em violência, produzindo estabilidade.

Esse é um dos eixos de “Democracia Negociada – Política Partidária no Brasil da Nova República”, do historiador Leonardo Weller e do cientista político Fernando Limongi, ambos professores da FGV-SP.

No livro, os dois retornam à lenta transição iniciada no governo de Ernesto Geisel para mostrar como a ditadura se empenhou para que a direita continuasse a ter seu quinhão de poder na democracia —e, de fato, vários aliados do regime conseguiram se perpetuar. Os autores passam pelos embates na Constituinte e avançam por diversos governos, até chegar ao impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016.

O resultado é uma síntese informativa sobre a história recente do país. A dupla defende que a democracia brasileira viveu seu auge entre o governo Itamar Franco e a gestão da petista —quando, à direita ou à esquerda, havia um consenso em defesa de avanços sociais.

Agora, bem, agora é tudo mais complicado, diz Limongi à Folha. Ele defende que não adianta espernear contra o conservadorismo da sociedade brasileira, diz que os intelectuais do país deveriam respeitar o Congresso como voz da sociedade e sustenta que o Supremo Tribunal Federal não tem capacidade para tutelar o sistema político.

Uma grande preocupação da ditadura é que, após a transição, a direita pudesse continuar no poder. E várias lideranças desse campo, de fato, conseguiram continuar na política. O sistema que nasce na Nova República tende ao conservadorismo ou esse traço é uma vocação do eleitor brasileiro?

Difícil dizer. Mas não há um viés institucional que provoque maior ou menor conservadorismo. Não há nenhum preceito, é o funcionamento da democracia. A democracia é intrinsecamente conservadora, o jogo democrático tende para o centro.

Você precisa negociar, você não consegue impor a sua vontade. Aqui, a pressão por reformas e mudança bate no Executivo —e a pressão por conservação também.

Há coisas que a maioria da população não quer. Ela pode ser mais conservadora em questões morais, culturais, e isso é uma coisa com a qual você tem que viver. Se você é um pouco mais moderninho, mas a maioria é conservadora, viva com isso. Você não pode impor sua visão, mas isso não quer dizer que a culpa seja das instituições.

Não podemos chegar a um acordo, por exemplo, sobre permitir ou não o aborto. Não há um meio termo. Ou pode ou não pode. Nosso sistema é majoritário e permite, pelo Congresso, que a sociedade seja ouvida. Há uma tendência nas análises no Brasil de desrespeitar o Legislativo como uma expressão da sociedade.

Em que sentido?

Para fazer uma referência, por exemplo, ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que falou que cabe ao Supremo empurrar uma agenda modernizadora… Quando a corte tentou avançar na questão do aborto, criou-se um problema. Tanto FHC quanto Lula queriam ter ido mais à frente nesse ponto, mas sentiram que a sociedade não queria porque o Congresso expressou isso, e precisaram moderar posições.

Aí vem o Supremo e dá a reação que deu. Parte dessa reação é: “Vocês não estão me ouvindo? Estamos dizendo que não é para fazer isso!”. A sensibilidade dos políticos e a negociação deles precisa ser valorizada. Os intelectuais brasileiros menosprezam o Congresso o tempo inteiro.

A visão negativa do Legislativo e a identificação dele com o centrão, acho que isso é uma reação ideológica e desrespeitosa com as instituições representativas. É como se o Congresso não fosse legítimo. Respeite o resultado da eleição. Se não gostou, trabalhe para inverter. O Brasil é isso aí, um país mais conservador em valores.

Um dos seus pontos centrais é como a Nova República não foi capaz de romper com a herança da ditadura. As investigações sobre os atos golpistas —e, agora, a denúncia contra os envolvidos— sinaliza um rompimento dessa cultura de conciliação?

Um ponto ausente do livro é uma análise de como a Constituinte reforçou demais o poder tanto do Executivo quanto do Judiciário, representado no Supremo. Esse fortalecimento vem de uma desconfiança do Legislativo porque você acha que o Congresso vai ser necessariamente conservador. Essa ideia é vista como fato, vem desde os anos 1970, ou até antes.

No começo do sistema, como esses juízes do Supremo ainda vêm do regime militar, eles têm outra cabeça e não intervêm tanto. A partir da crise do mensalão e da derrubada da cláusula de barreira pelo Supremo, é o sinal de que o STF resolveu que vai tutelar o sistema político —e que a desconfiança não deve ser só quanto ao Legislativo, mas também quanto ao Executivo. Partindo de uma interpretação equivocada do que seria o tal presidencialismo de coalizão.

O Supremo não tem a menor condição de reorganizar o sistema político porque não sabe como o sistema funciona, tem ideias mirabolantes. Aí você tem uma expansão da ação do Supremo —e a ação contra o Bolsonaro é parte desse processo.

Não começa com o ex-presidente. Houve o momento em que o Supremo impediu Lula de ser candidato, sob a mesma racionalidade, de que o petista seria um perigo para a democracia. A Lava Jato é parte desse processo. Posso ser contra o Lula ou contra o Bolsonaro… Mas há uma intervenção deliberada, sequencial, do Judiciário para controlar o sistema político. E eu preferia que isso não acontecesse porque esses caras não são eleitos.

Vê um recuo do Judiciário como algo possível?

Não. Depois que saiu da garrafa, o gênio não volta. Precisaria de uma consciência de que esse poder é excessivo e milita contra a própria instituição, para que a própria instituição se contivesse. Mas pensar nisso é acreditar em fadas, em varinha mágica. Pode se restringir mais, diminuir essa expansão…

Mas há também um aumento do poder do Congresso, sobretudo desde o governo Michel Temer e em especial sobre o Orçamento, por meio das emendas. Esse é também um gênio já fora da garrafa?

Não acho que esse seja um gênio fora da garrafa, nem que a gente saiba quanto esse poder do Legislativo realmente aumentou, quanto ele pode ser reconfigurado etc. Não há nenhuma análise empírica sobre o poder dessas emendas, quem de fato as controla… Mas é um exagero pensar que todo o Congresso se beneficia delas. Quem se beneficia é um pequeno grupo.

Estão colocando limites, é mais difícil de voltar ao status quo, mas não quer dizer que o Executivo perdeu controle sobre o Orçamento. Perdeu sobre uma parcela pequena. Para um grupo de deputados? Sim. O que esse grupo está fazendo e quais as consequências para o sistema político? Ainda é uma incógnita.

O que sabemos de estudos do passado, antes deste momento de agora, é que emenda não dava tanta vantagem eleitoral quanto se achava. Emenda é parte desse folclore, dessa desconfiança de que o Congresso vai ser sempre uma baixaria.

Boa parte desse argumento anti-Legislativo se baseia numa suposição de que alguém sabe qual seria a distribuição ótima dos recursos das emendas. Quem tem essa informação? O planejador central? Os economistas neoliberais, que não pensam no sistema de informação necessário para ver quais localidades pedem recursos? Ou o editorialista da Folha? Parece que o editorialista sabe qual cidade precisa de mais dinheiro para o SUS.

O sistema representativo produz parte dessa informação. É preciso ouvir os deputados, não o burocrata dos ministérios da Saúde, da Educação. Há distorções que vêm disso, não é o melhor sistema? Ok, mas não é o pior. Há uma gritaria sobre isso que é demasiada.

O cenário para 2026 aponta para mais uma disputa bipartidária, como tem sido a regra na Nova República?

Tem muito imponderável aí para fazer qualquer chute. Eleição majoritária, mesmo com dois turnos, tende a ter poucos candidatos. Mesmo que nominalmente haja muitos, os viáveis tendem a ser dois e meio —esse meio sendo a tal da terceira via. Se não chover canivete, vai dar isso. Ainda mais quando o presidente é candidato à reeleição, muito provavelmente ele está no segundo turno.

Temos muitos governadores em estados centrais completando seu segundo mandato. Para quem é ambicioso, em vez de ir para presidente, pode ir para governador. A incógnita é o Tarcísio de Freitas [Republicanos], governador de São Paulo. Depende da organização da direita, se Bolsonaro é candidato, se apoia o governador paulista… A outra é a saúde do Lula, dado o efeito Joe Biden.

Quando vocês dizem que a Nova República viveu um auge entre Itamar e Dilma, isso significa que estamos vivendo um declínio agora?

Antes havia maior moderação, uma agenda comum. Avanços em saúde, educação e proteção social eram consensos. Bolsonaro chacoalha esse consenso e diz que vai desfazer tudo o que foi feito depois da redemocratização. E Paulo Guedes diz que tudo o que cheira a Estado tem que sair.

Não fizeram nada disso. Fizeram muita bobagem, destruíram muita coisa, mas não reverteram. Quando se viram na necessidade de fazer campanha para a reeleição, o fizeram da forma mais irresponsável fiscalmente e politicamente possível. Fizeram o receituário do fiscal irresponsável e ampliação de gastos sociais.

Isso diz algo. Qualquer tentativa de reverter esse processo de maior atenção social não tem suporte político-eleitoral. E isso é bom.

Então, de um lado, talvez estejamos exagerando demais o conflito no plano cultural, moral, prestando muita atenção ao simbólico, sem perceber o que está na base. Por exemplo, no pacote fiscal que o ministro Fernando Haddad estava armando, todo o problema sempre foi onde cortar. E onde tem para cortar? Só gasto social. Aí é duro, o custo político é muito alto.

Outra questão é o manejo da vinculação entre política social e política salarial. Houve uma valorização real do salário mínimo, e isso impacta o maior gasto social, que é a Previdência. Haddad jogou como balão de ensaio desconectar as duas coisas, mas ninguém aceita, é perigoso porque o governo vai ter um incentivo para diminuir o pagamento da Previdência. E isso bate nas pessoas. Então, o governo atou as próprias mãos.

Dá uma falta de flexibilidade, mas o mundo é o que é. Não vamos ter um crescimento maravilhoso porque é assim que está funcionando a economia brasileira. É viver com isso aí. E vai ser esse Congresso. A sociedade brasileira é conservadora, não adianta gritar. É baixar as expectativas e não ficar gritando que está tudo errado, como um bando de palmeirenses malucos.

RAIO-X

Fernando Limongi, 67

Doutor em ciência política pela Universidade de Chicago, é professor titular aposentado de ciência política da USP. Atualmente dá aulas na Escola de Economia de São Paulo da FGV (Fundação Getúlio Vargas). É autor de livros como “Operação Impeachment – Dilma Rousseff e o Brasil da Lava Jato” (2023) e “Política Orçamentária no Presidencialismo de Coalizão” (2008), este em co-autoria com Argelina Figueiredo.



Leia Mais: Folha

Advertisement
Comentários

Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48

You must be logged in to post a comment Login

Comente aqui

MUNDO

Noel Clarke pretende criar ‘equivalência moral’ entre ele e os acusadores, o Tribunal ouve | Notícias do Reino Unido

PUBLICADO

em

Noel Clarke pretende criar 'equivalência moral' entre ele e os acusadores, o Tribunal ouve | Notícias do Reino Unido

Haroon Siddique Legal affairs correspondent

Noel Clarke está tentando criar “equivalência moral” entre sua suposta má conduta sexual e o comportamento de seus acusadores, o Supremo Tribunal ouviu.

Dando provas em sua reivindicação de difamação contra o tutor, o ator de 49 anos esclareceu que alguns de seus acusadores se envolveram voluntariamente ou iniciaram brincadeiras sexualmente carregadas, eram promíscuas e se gabavam de suas façanhas sexuais.

No terceiro dia de interrogatório, Gavin Millar KC, representando o Guardian, disse a ele: “Você faz isso repetidamente, volta a alegação à mulher. É uma espécie de equivalência moral, que “ela é tão ruim quanto eu”. “

Millar disse “repetidamente”, Clarke procurou maneiras de entregar as alegações feitas contra ele de volta aos seus acusadores.

Clarke disse que havia dito a verdade e levantou o comportamento das mulheres onde era relevante.

“Neste mundo, estamos agora, se um homem faz um passo em falso remoto, ele terminou”, disse Clarke ao tribunal.

Clarke foi questionado sobre uma convenção Doctor Who em Bournemouth em 2016, onde se sentou ao lado de um voluntário, Lisa Graham, e foi dito ter:

  • Tocou -a nas coxas, incluindo as pernas.

  • Disse que eles deveriam ir ao mezanino acima para fazer sexo.

  • As mulheres classificadas em 10 por sua atratividade sexual.

  • Disse sobre uma mulher grávida que ele “bate isso” porque ela não conseguia engravidar novamente.

Clarke disse que Graham “estava envolvido na conversa (classificando mulheres) voluntariamente” e que ele havia feito um comentário sobre uma mulher grávida, mas não isso especificamente alegado.

Millar disse: “Esta é a sua estratégia:” Eu posso ser ruim, mas a mulher é tão ruim “.

Clarke respondeu: “Fiz isso quando acreditava que é verdade”.

Clarke, o escritor e produtor da trilogia infantil, disse que apenas tocou Graham de joelhos para indicar que um fã estava demorando muito tempo.

“O toque não está correto e o convite para ir a um mezanino público é um absurdo”, disse Clarke.

Ele disse: “Algumas pessoas querem se envolver no que consideram uma causa nobre”.

O tribunal também ouviu que Clarke teria exposto seu pênis em uma sessão de videoclipe para a dupla de rap Krept e Konan, perto da estação subterrânea de Angel, no norte de Londres, em 2016.

Duas mulheres, Alice* e Ella*, que trabalharam para a Lionsgate, que encomendou a empresa de Clarke para fazer as filmagens, estavam presentes. Millar disse a Clarke: “Você repetidamente fez comentários sexuais a ela (Alice), no sentido de que ela gostava de fazer sexo com homens negros”.

Clarke negou fazer isso e disse que as mulheres haviam iniciado uma conversa sobre os pênis de celebridades e um grupo do WhatsApp chamado “Dick Detetives”.

Millar disse: “Você expôs seu pênis a ela”.

Clarke respondeu que não o fez, mas quando Alice lhe disse que tinha um pouco de pênis e Ella pediu que ele mostrasse a eles, ele desfez seu cinto marrom como uma piada. “Era a aba do meu cinto”, disse ele.

Millar disse ao tribunal que era a perspectiva de Clarke receber um prêmio BAFTA em 2021 que “os empurrou (seus acusadores) sobre o limite … Eles decidiram dizer a verdade finalmente”.

Clarke está processando a GNM por sete artigos e um podcast publicado entre abril de 2021 e março de 2022, no qual mais de 20 mulheres o acusaram de má conduta sexual.

O julgamento continua.

* Não seus nomes reais



Leia Mais: The Guardian

Continue lendo

MUNDO

Os rebeldes da RDC e M23 para iniciar conversas diretas na próxima semana, diz o mediador Angola | Notícias de conflito

PUBLICADO

em

Os rebeldes da RDC e M23 para iniciar conversas diretas na próxima semana, diz o mediador Angola | Notícias de conflito

Um porta -voz do presidente da RDC, Felix Tshisekedi, disse à Agência de Notícias à Reuters que eles haviam recebido um convite de Angola para as negociações.

O governo da República Democrática do Congo e o Ruanda M23 rebeldes Avançará as negociações na próxima semana, anunciou o mediador Angola.

Um comunicado do escritório do presidente João Lourenco disse na quarta -feira que as duas partes começariam “negociações diretas de paz” na capital angolana Luanda em 18 de março.

Angola atuou anteriormente como mediador no conflito oriental da RDC que aumentou no final de janeiro, quando o M23 assumiu o controle da estratégia da cidade de Goma do Congo Oriental. Em fevereiro, o M23 apreendeu Bukavu, a segunda maior cidade do Eastern Congo.

Ruanda nega apoiar o grupo armado do M23 no conflito, que está enraizado na disseminação do genocídio de Ruanda em 1994 na RDC, e na luta pelo controle dos vastos recursos minerais da RDC.

O presidente da RDC, Felix Tshisekedi, esteve em Angola na terça -feira para discutir a possibilidade de negociações e sua porta -voz Tina Salama disse à agência de notícias da Reuters na quarta -feira que o governo recebeu um convite de Angola, mas não disse se participaria das negociações.

O líder da M23, Bertrand Bisimwa, escreveu sobre X que os rebeldes haviam forçado Tshisekedi à mesa de negociações, chamando -a de “a única opção civilizada para resolver a crise atual que durou décadas”.

O governo disse que pelo menos 7.000 pessoas morreram no conflito desde janeiro.

Na semana passada, a Agência das Nações Unidas para Refugiados informou que quase 80.000 pessoas fugiram do país devido ao conflito armado. Desde janeiro, 61.000 chegaram ao vizinho Burundi, disse o vice -diretor de proteção internacional da agência, Patrick Eba.

M23 é um dos cerca de 100 grupos armados que disputam recursos no leste do Congo, lar de vastas reservas de minerais estratégicos, como Coltan, cobalto, cobre e lítio.

Os vizinhos da RDC, incluindo África do Sul, Burundi e Uganda, têm tropas estacionadas no East Congo, aumentando o medo de uma guerra regional total que poderia se parecer com as guerras do Congo dos anos 90 e início dos anos 2000 que mataram milhões de pessoas.



Leia Mais: Aljazeera

Continue lendo

MUNDO

Laurent Wauquiez deplora as observações “infelizes” de seu rival pela presidência dos republicanos, Bruno retailleau

PUBLICADO

em

Laurent Wauquiez deplora as observações "infelizes" de seu rival pela presidência dos republicanos, Bruno retailleau

O líder dos deputados Les Républicains, Laurent Wauquiez, na Assembléia Nacional, terça -feira, 11 de março de 2025.

O chefe dos deputados Les Républicains (LR), Laurent Wauquiez, na disputa pelo presidente do partido, deplorou, quarta -feira, 12 de março, comentários “Infeliz” De seu rival, Bruno retailleau, em sua direção. O ministro do Interior havia respondido uma pergunta de manhã a uma pergunta sobre as palavras de Laurent Wauquiez sobre as relações da França com a Argélia:: “Os cães nus, a caravana tranquila passa. »»

Leia também | Artigo reservado para nossos assinantes Laurent Wauquiez e Bruno Retailleau, dois candidatos para um único direito

“Eu acho que foi uma frase infeliz e tenho certeza que ele se arrepende”o deputado de Haute-Loire disse à imprensa após uma reunião pública em frente a quase 250 pessoas em Proves (Seine-et-Marne). “Não somos adversários. Não deve haver um ataque, nenhuma frase com palavras que possam ser prejudiciais ”sublinhou o chefe dos deputados da LR que busca a presidência do partido contra Bruno Retailleau.

Em seu discurso, Laurent Wauquiez, no entanto, acusou “O executivo de ter capitulado antes mesmo de travar a batalha” Diante da Argélia, acusando o presidente Emmanuel Macron, por ter se recusado a denunciar o acordo de 1968 com Argel, que dá status especial aos argelinos na França em termos de tráfego, permanência e emprego. “Não posso aceitar a escolha que Emmanuel Macron imprimiu para dizer que na Argélia não podemos fazer nada, não vamos renegociar o acordo de 1968, continuaremos sendo humilhados”ele denunciou.

“Palavra grátis”

“Eu digo com força. Há apenas um caminho: denunciamos o acordo de 1968 ”ele insistiu, usando o que ele apresenta como «Em liberdade condicional». Uma maneira de ele se distinguir de Bruno retailleau, que ele afirma que é restringido em sua expressão por sua presença no governo. “Aquele que será o presidente de nossa família política deve ser autonomia e a liberdade de dizer isso amanhã”ele explicou.

Leia também | Artigo reservado para nossos assinantes Antes de seu duelo em LR, Bruno Retailleau e Laurent Wauquiez Garner apoiadores

O ex -chefe da festa, Christian Jacob, que o apoiou, abundou na mesma direção durante a reunião pública: “A presidência do LR é de trabalho completo”ele argumentou. “Não temos uma palavra totalmente livre para o governo. Estamos ligados lá pela solidariedade do governo ”ele acrescentou.

O mundo com AFP



Leia Mais: Le Monde

Continue lendo

MAIS LIDAS